Crescimento lento (em crianças): tratamentos e causas
O que é Crescimento
lento (em crianças)?
Sinônimos:
crescimento e desenvolvimento retardados, atraso no crescimento, taxa lenta de
crescimento em crianças
O crescimento lento
ocorre quando a criança cresce menos do que o esperado. Existe um padrão de
crescimento (peso/ altura / IMC) que é avaliado pelo seu pediatra em um gráfico
e acompanhamento em todos as consultas. Existe um padrão de crescimento comum
para as crianças que foi medido por algumas instituições internacionais e serve
como parâmetro para os pediatras, que medem o peso, altura e IMC da criança a
cada consulta. As crianças com alteração em seu crescimento, como o crescimento
lento, devem ser investigadas do ponto de vista clínico, para que seja avaliada
o quanto desta diferença é normal ou não.
Os sintomas que
acompanham o crescimento lento variam muito dependendo da intensidade da
alteração. Alterações evidentes encontradas, por exemplo, nas mal formações
cromossômicas, endócrinas ou ósseas, são diagnosticadas logo no início.
Quando se fala em
discreta diminuição de crescimento em relação à população em geral, só é
possível fazer este diagnóstico nos acompanhamentos mensais, quando se formará
um “desenho de curva de estatura” decrescendo.
Causas
Em geral, doenças
podem ser a causa do crescimento lento em crianças. Entre elas, podemos listar:
- Anemia
- Infecções
- Alterações cardiológicas
- Alergias, principalmente as
alimentares.
Além disso, fatores
como a genética, alimentação e outras condições de estilo de vida podem ser a
causa para o crescimento lento em crianças.
Fatores de risco
A velocidade de
crescimento é definida por diferentes fatores, que podemos dividir em dois
tipos:
Fatores
intrauterinos
Durante a gestação
a herança genética traz caracteres fixos como cor dos olhos, coloração da pele
e também características em relação a adoecimentos familiares (atopias,
cardiopatias, obesidade, neoplasias). Dentro de um grupo familiar as pessoas
adoecem da mesma forma. Em uma família de asmáticos, temos maior probabilidade
de crianças asmáticas, e assim com as outras doenças de herança genética.
Além disso, na
gestação é importante ter cuidados da mãe com relação a repouso, exercícios
adequados, alimentação. Importante principalmente não consumir álcool e ter
pouca ingestão de gordura trans. Esses são fatores controláveis.
Mas alguns fatores
intrauterinos estão fora do controle da mãe, como os seguintes:
- Síndromes cromossômicas que
comprometem o feto
- Alterações endócrinas: como
nanismo hipofisário (deficiência de produção de Hormônio do Crescimento
pela hipófise) e síndrome de Turner em meninas (defeito do cromossoma
sexual)
- Síndromes congênitas, por
exemplo a acondroplasia, que impede o crescimento dos ossos em
comprimento, conhecido como anões.
Nesses casos, a
criança não consegue desenvolver seu potencial, levando a baixa estatura final.
Fatores
extrauterinos
São aqueles que
ocorrem após o nascimento, e podem englobar:
- Condiço de parto como anóxia
neonatal, prematuridade em que a criança tem um atraso no desenvolvimento,
mas atinge valores normais para idade mais para frente
- Problemas na amamentação
- Alimentação adequada na
primeira infância
- Ausência de exercícios
físicos
- Ambiente sem privações
- Doenças crônicas
- Medicações, como a cortisona
- Infecções de repetição.
Todos eles podem
interferir no crescimento final da criança.
Buscando ajuda
médica
Como o crescimento
lento só será detectado quando a criança vai periodicamente ao pediatra, é
importante que os pais respeitem esse ciclo, para diagnosticar não só o
crescimento lento, mas qualquer outro problema de saúde da criança.
As famílias
brasileiras, pela vida corrida, trabalho dos pais, acabam recorrendo muito ao
Pronto Atendimento e por isso acabam perdendo os acompanhamentos de rotina de
seus filhos.
A periodicidade
recomendada para as consultas é:
- Mensal até os 12 meses
- Depois aos 15 e 18 meses
- Entre dois e quatro anos,
duas consultas ao ano.
Esta é a rotina
para que se consiga detectar de forma precoce, não só crescimento lento, mas
outras alterações evitáveis com diagnóstico precoce.
Os pais não devem
levar em conta, como forma de perceber o problema, a comparação da altura do
seu filho quando as outras crianças, pois elas têm origens diferentes. Nem mesmo
a comparação entre irmãos é válida, por diversos fatores.
Diagnóstico de
Crescimento lento (em crianças)
Para acompanhar não
só o crescimento da criança, mas também do peso da criança, existem tabelas de
peso e de estatura. Até 2006 a tabela utilizada era do CDC (Center for Disease
Control), uma curva americana. Mas a criança americana tem maior peso que a
brasileira até os dois anos, por diferentes fatores. Em 2006 uma organização
com sede em Genebra, Who Child, elaborou uma tabela em que foram utilizados
dados coletados de cinco cidades em cinco continentes (excetuando-se os
orientais), inclusive no Brasil, elaborando uma tabela com valores mais amplos
e mais adaptados a nossa realidade.
Esse acompanhamento
é feito nas consultas de rotina com o pediatra: no primeiro ano de vida essas
consultas são mensais, depois aos 15 e 18 meses. E entre dois e quatro anos,
são duas consultas ao ano. Desta forma, coletam-se um número de medidas que
geram uma curva de acompanhamento. Com o acompanhamento a cada mês, consegue-se
detectar alterações do crescimento, para mais ou para menos.
Tratamento de
Crescimento lento (em crianças)
O tratamento para o
crescimento lento em crianças será de acordo com a causa do problema. Por
exemplo, alterações de origem genética ou hereditárias devem ser tratadas pelo
especialista.
Prevenção
Hábitos de vida
saudáveis ajudam a prevenir problemas de crescimento. Veja alguns deles:
- Amamentação exclusiva com
leite materno até o sexto mês e alternada com alimentação regular até os
dois anos
- Alimentação complementar
adequada com pouco ou nenhum artificial após o sexto mês
- Exercícios ao ar livre por
pelo menos uma hora ao dia
- Restringir o tempo de TV, vídeo game e computador para 30 minutos
ao dia
- Adequado controle de doenças
crônicas, como a bronquite, que pelo uso de muita
medicação podem comprometer a estatura final.
Deve-se dar à
criança a oportunidade de desenvolver todo o potencial que nasce com ela. Fonte:
minhavida
Nenhum comentário:
Postar um comentário