AFRODISÍACOS
A procura por fórmulas mágicas para o incremento da vida sexual pode ser
observada ao longo de toda a história da humanidade, principalmente nos livros
eróticos do oriente - manuais chineses, hindus e árabes. Na mitologia grega,
Afrodite (Vênus, no latim) filha de Zeus e Dione, encarna como a Deusa do amor
e da beleza, intensamente atraente aos olhos dos mortais. De seu nome, nasce o
termo afrodisíaco, referente àquele que tem atrativos ou àquele que desperta
interesse sexual.
O que são afrodisíacos?
São agentes químicos ou odores que estimulam o desejo sexual e/ou que
elevam a potência (masculina). Mais de mil substâncias contam para esta lista.
Também acabam se incluindo neste termo os comportamentos, os objetos de
vestuário e adornos que estimulam o apetite sexual e que mantêm ou prolongam a
excitação.
Quais são os afrodisíacos?
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Alimentos de origem animal ou vegetal que lembram em seu formato a
aparência da genitália externa humana, como a ostra, o pepino, a banana, a
rosa.
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Substâncias que podem ter ou não algumas propriedades euforizantes ou
tranqüilizantes, como o guaraná cerebral, a passiflora, o álcool, cannabis,
cocaína, perfumes, incensos, entre outros.
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Agentes químicos que influenciam a fisiologia sexual, geralmente
provocando a ereção ou a mantendo, podendo aumentar a intensidade do desejo
sexual em determinados indivíduos. É o caso da Yoimbina, do Sildenafil
(Viagra) e do Trazodone, substâncias que normalmente requerem prescrição
médica e acompanhamento de seu uso. Tais drogas podem determinar efeitos
colaterais importantes, como sintomas cardiológicos e priapismo (ereção
prolongada que se mantém sem estímulo sexual), entre outros.
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Desejo e excitação: qual a diferença?
É necessário enfatizar a diferença entre estes dois termos.
A função sexual humana só foi descrita na década de 60. Dois
pesquisadores, Masters e Johnson, possuíam um laboratório experimental nos
Estados Unidos, onde estudavam a fisiologia sexual, tendo entrevistado centenas
de casais.
O chamado Ciclo da Resposta Sexual Humana descreve as três fases que
compõem nossa sexualidade, quais sejam: desejo, excitação e orgasmo.
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O desejo refere-se ao despertar do apetite e do interesse sexual.
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A excitação refere-se às respostas do corpo a este estímulo, com
ereção peniana nos homens e lubrificação vaginal nas mulheres.
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O orgasmo é a última fase, é o pico de satisfação sexual, quando há
contração involuntária da musculatura perineal.
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Existem drogas que provocam excitação, mas que não influenciam
diretamente o desejo sexual (viagra).
O que são feromônios?
Existem também os chamados feromônios, afrodisíacos naturais que quando
produzidos e exalados pelos indivíduos no ambiente, provocam alteração de
comportamento e da fisiologia em outros indivíduos, geralmente de mesma
espécie.
É um tipo de comunicação química que, no reino animal, determina a
seleção sexual entre as espécies.
Nos últimos anos têm-se descoberto remanescentes do órgão receptor de
feromônios nos seres humanos. Talvez seja possível, num futuro próximo,
determinar a escolha sexual pelo cheiro dos parceiros, aumentando ou diminuindo
o desejo entre pares específicos.
Polêmica entre ciência e tradição: o que se sabe?
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O assunto ainda é polêmico. Não há evidências científicas
significativas de que tais substâncias possam provocar ou não desejo sexual
nos indivíduos, respeitando-se a variabilidade biológica de cada um.
Espera-se que nesses próximos anos se descubra mais sobre tais elementos e
sobre suas reais propriedades afrodisíacas.
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Em um clima emocional que se estabelece ao redor dessas substâncias,
um morango dado na boca, um incenso num quarto semi-escuro, um amendoim
descascado a dois, por si só já pode incrementar o apetite sexual dos
parceiros, não necessariamente sendo a substância envolvida a responsável
pelo sucesso do casal.
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Muitas substâncias ditas afrodisíacas são tóxicas, provocando até
mesmo a morte de pessoas pelos seus efeitos cardiotóxicos. Deve-se ter cuidado
com a utilização de determinados agentes, com a dose e com a sua procedência.
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O apelo econômico da busca descontrolada do "elixir do amor"
infelizmente tem trazido danos até mesmo ecológicos e éticos. Um exemplo são
as "fazendas" chinesas de ursos que produzem bílis, substância
utilizada para a fabricação de xampus, afrodisíacos e outros produtos
milagrosos. Na tradição chinesa a bílis de urso é uma potente medicação para
várias doenças. São dez mil animais enjaulados e cateterizados, que vivem por
15 anos com muita dor, praticamente sem movimento e na mesma posição para a
extração de bílis. A bílis de urso não foi comprovada cientificamente como
uma substância efetivamente afrodisíaca.
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Um casal que busca um incremento na satisfação sexual tem várias
opções afrodisíacas que não só o uso de substâncias.
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O afrodisíaco maior está no querer bem o parceiro, no ser atencioso e
zeloso tanto sexualmente quanto na rotina diária, e também zeloso com a própria
auto-estima. Fonte: abcdasaude
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