Dieta restritiva: saiba o que considerar antes de tirar o glúten da
alimentação
O glúten é uma proteína presente no
trigo, na aveia, na cevada, no centeio e no malte. Algumas pessoas predispostas
geneticamente (a incidência em parentes de primeiro grau é de aproximadamente
30%). Mulheres têm duas vezes mais chances de ter o problema em comparação com
homens. Nesses casos, a ingestão de glútenprovoca
diversos malefícios à saúde, como diarreias, vômitos, enxaquecas, dermatites,
etc. Quem tem intolerância a essa proteína deve cortá-la de maneira definitiva
da alimentação.
Intolerância
ao glúten
A doença celíaca - nome oficial da intolerância ao glúten -
manifesta-se na infância, geralmente nos primeiros anos de vida, quando se faz
a introdução de cereais na dieta. A
partir do diagnóstico, qualquer produto que tenha glúten deve ser cortado.
Muitos indivíduos, ao receber
o diagnóstico de intolerância ao glúten, trigo e em alguns casos laticínios,
ficam arrasados. Além da necessidade de mudança na rotina - das usuais fontes
de carboidratos e cálcio -, o impacto na vida social é
muito grande. E, ultimamente, temos ouvido cada vez mais pessoas que não têm
intolerância ao glúten aderindo a essa restrição com o objetivo de emagrecer. O
motivo e o sentido é que precisam ser entendidos.
A intolerância ao glúten vem
desafiando a classe médica já há algum tempo devido à sua diversificação de
sintomas, que podem ser leves e pouco específicos até à síndrome clássica de má
absorção intestinal, que pode determinar um quadro grave de desnutrição. Há
ainda casos em que o indivíduo não apresenta nenhum sintoma e talvez por isso,
para alguns a retirada do glúten da alimentação seja benéfica.
Quando
tirar o glúten da dieta?
Pela minha observação pessoal,
a doença celíaca é o único motivo racional para a retirada total do glúten da
alimentação, pois não existe relação ou evidências de que o glúten seja uma
proteína ruim para o organismo de indivíduos saudáveis e nem que ele esteja
ligado à obesidade. Irão se beneficiar da retirada do glúten indivíduos que tem
algum grau de intolerância, pois os sintomas desaparecerão.
Mas, o que vem acontecendo é
resultado da substituição de uma dieta equilibrada - com o consumo adequado de
todos os grupos alimentares e em porções adequadas - por uma alimentação
desbalanceada - rica em alimentos processados, excessivamente refinados, com
excesso de gorduras e carboidratos.
Quando o trigo ou outro
alimento que contenha glúten é substituído por outras fontes de carboidratos
menos calóricas, uma das vantagens é que a alimentação se torna mais leve,
hipocalórica, tendendo, provavelmente, a perda de peso.
Quando nosso organismo reage
aos alimentos aos quais é alérgico ou intolerante, ele aciona seu sistema de
defesa, provocando sinais nem sempre agradáveis, que vão desde a enxaqueca até
a depressão e, por este motivo, alguns indivíduos que aderiram à dieta sem glúten relatam sintomas de melhora.
Muitos alimentos podem ser
considerados livres de glúten, mas continuam a ser prejudiciais, pois contêm
corantes e outros aditivos químicos. O ideal é abusar das frutas e dos legumes
frescos, adoçantes à base de sucralose e evitar o excesso de alimentos com alto
índice glicêmico, ou seja, que estimulam a produção de insulina. Tente consumir
também mais saladas e verduras, beneficiando sua saúde e mantendo seu peso
estável e saudável.
Claro que todos devemos evitar
o consumo exagerado de alimentos com maiores chances de desenvolver alergias,
os chamados alergênicos. Mas a melhor coisa a fazer é melhorar a alimentação,
observar o que se come e aumentar as reservas de minerais, vitaminas e outros
nutrientes essenciais para fortalecer o sistema imunológico.
Não existe dieta milagrosa,
existem doenças causadas pela alimentação e que devem ser tratadas, sempre por
um profissional da área, como médicos e nutricionistas, e hábitos alimentares e
de estilo de vida que comprometem sua saúde e peso. O melhor a fazer é se
cuidar para estar sempre saudável e cheio de vitalidade. Fonte: minhavida
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