Como
evitar a perda de massa muscular causada pela idade: tomate + maçã
Um dos
principais fatores que produzem limitações físicas na pessoa que vai
envelhecendo é a redução generalizada de massa muscular. Este fenômeno ocorre
por atrofia e por redução do número de fibras musculares (processo este chamado
de sarcopenia) e é
responsável pela perda de força na musculatura esquelética (aquela responsável
pelos movimentos voluntários do corpo) o que por sua vez leva a problemas de
equilíbrio e quedas. Apesar de pouco perceptível em adultos mais jovens, este
processo tem início entre os 30 e 40 anos de idade. Nas duas ou três décadas
seguintes a força continua a diminuir e a musculatura vai atrofiando. A
qualidade de vida vai diminuindo proporcionalmente.
Este tema
vem ganhando maior interesse nos últimos anos devido ao aumento da expectativa
média de vida da população com o consequente crescimento da proporção de
idosos. Algumas estratégias têm sido utilizadas para diminuir o efeito do
envelhecimento sobre a massa muscular, como a prática de exercícios contra
resistência (como a musculação) e abordagens nutricionais. No entanto, pouco se
sabe sobre os mecanismos moleculares que produzem a fraqueza e a atrofia
muscular da idade, principalmente por ser um processo crônico e cumulativo, ao
contrário das atrofias agudas produzidas por jejum, doenças sistêmicas ou
ausência de atividade da musculatura.
Uma
nova contribuição foi dada recentemente para o entendimento deste processo com
a publicação de resultados de uma pesquisa na revista científica Journal of Biological Chemistry.
Um grupo de cientistas investigou, em um modelo animal, os mecanismos
moleculares da fraqueza e atrofia muscular da idade e possíveis intervenções
sobre estas condições. Para isto utilizou dois compostos encontrados na
natureza que estimulam a síntese proteica em cultura de fibras musculares, o ácido ursólico, presente na
maçã, e a tomatidina,
presente no tomate verde (a maior concentração está na casca destas frutas).
Estes compostos foram adicionados na ração de camundongos velhos por dois
meses. Após este período foi feita a avaliação da massa e da força muscular
comparando os animais que receberam os compostos na dieta com os que não
receberam.
Os
resultados demonstram que os animais que receberam os compostos reverteram tanto a atrofia quanto a fraqueza
muscular produzidas pela idade. Um dos mecanismos propostos pelos pesquisadores
é a ação dessas substâncias inibindo um fator de transcrição (ATF4) que seria
um dos responsáveis pela redução da massa muscular.
Este
estudo, além de esclarecer alguns aspectos envolvidos com a atrofia muscular da
idade, fornece subsídios para a prevenção e o tratamento desta condição.
Enquanto
aguardamos novos estudos em humanos que comprovem esta possibilidade, não custa
nada comermos uma maçã e um tomate verde após a musculação! Fonte: abcdasaude
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