segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Tumor ósseo: sintomas, tratamentos e causas
O que é Tumor ósseo?
O tumor ósseo maligno é um tipo de câncer que acomete qualquer osso do corpo. Frequentemente afeta os ossos longos dos braços e coxas, coluna e bacia. Pode ser dividido em tumor ósseo primário, que é quando o câncer se desenvolve diretamente no osso previamente normal, e tumor ósseo secundário, quando se origina em qualquer outro órgão e se dissemina para os ossos.
Quando as células se dividem de forma anormal e incontrolável elas podem formar uma massa ou nódulo de tecido. Esse nódulo ou massa é chamado de tumor e, quando ele cresce, acaba por comprometer o tecido previamente saudável e a rigidez do osso.
Os tumores ósseos, em geral, raramente causam a morte. Mas, eles ainda podem ser perigosos e requerem tratamento. Alguns tipos são benignos, o que significa que não são cancerígenos e outros malignos. Mesmo os tumores benignos podem crescer e comprometer a estrutura do osso. Os tumores malignos, cancerígenos, podem se espalhar pelo corpo.
Tipos
Existem vários tipos de lesões ósseas. Algumas destas lesões, aparecem como manchas nos exames de imagens, porém não são consideradas como tumores verdadeiros, e são conhecidos como pseudotumores. Dentre os tumores ósseos e as lesões pseudotumorais, alguns tipos acometem mais crianças e outros mais adultos. Eles também são divididos entre malignos e benignos, sendo que este último não é cancerígeno e o primeiro, malignos, pode se disseminar pelo corpo.
Dentre os tumores ósseos benignos e lesões pseudotumorais podemos citar:
  • Tumor de células gigantes são tumores benignos que apresentam agressividade local. Acomete principalmente os adultos jovens, na região das extremidades dos ossos longos, junto aos joelhos e punhos
  • Encondroma é um tumor benigno formador de cartilagem que cresce dentro do osso, predominam entre as 2a e 4a décadas da vida. Acomete principalmente os ossos das mãos
  • Displasia fibrosa é uma lesão óssea benigna, pseudotumoral, que acomete principalmente a 1a e 2a décadas da vida. Pode ser única ou múltipla (acometer vários ossos)
  • Cisto ósseo aneurismático é uma lesão óssea benigna, pseudotumoral, com agressividade local, constituída por lacunas sanguíneas.
Dentre os tumores ósseos malignos mais comuns:
  • Osteossarcoma é o tumor ósseo maligno primário mais frequente na faixa etária das crianças e adolescentes. Acomete principalmente os ossos dos joelhos, ombros e quadris
  • Tumor de Ewing acomete principalmente crianças, adolescentes e adultos jovens. Os ossos mais frequentemente acometidos são os das coxas, braços, pernas e bacia
  • Condrossarcoma acomete principalmente os adultos. É um tumor maligno formador de cartilagem. Acomete principalmente os ossos das coxas, braços e bacia
  • Metástases ósseas são as neoplasias malignas mais comuns dos ossos. São disseminações secundárias de tumores malignos originados em outros órgãos e sofreram disseminação para o esqueleto. Acomete preferencialmente os adultos. Qualquer carcinoma pode desenvolver metástase. Mais comumente, os da mama, do pulmão, da próstata, da tireóide, dos rins e do trato gastrointestinal.
Causas
Ainda não é claro o que causa a maioria dos tumores ósseos. Os médicos acreditam que a doença começa com um erro no DNA das células. Este erro faz com que a célula cresça e se divida de forma. Esse acúmulo de células forma uma massa, ou tumor, que pode invadir as áreas próximas e também pode atingir outras partes do corpo.
Fatores de risco
Algumas situações podem aumentar a probabilidade do surgimento da doença:
  • Síndromes genéticas, que são passadas através das famílias como a síndrome de LiFraumeni e o retinoblastoma hereditário
  • Doença óssea pré-existente, como a Doença de Paget, que acomete principalmente adultos e idosos
  • Ter se exposto a altos níveis de irradiação, como os usados para tratar cânceres anteriores.
Pessoas com cânceres de rim, mama, próstata, pulmão, trato gastrointestinal e nas glândulas da tireoide estão mais propensas a ter tumor ósseo secundário – metástase óssea – quando o câncer se origina em outro local e se espalha para os ossos.
Sintomas de Tumor ósseo
Os sintomas de tumor ósseo podem incluir:
Buscando ajuda médica
No caso de aparecimento de alguns dos sintomas de tumor ósseo, o médico deve ser procurado para investigar o que está acontecendo.
Na consulta médica
Caso reconheça os sintomas de tumor ósseo, o paciente deve procurar o clínico geral e explicar a ele os seus sintomas. Se ele suspeitar da doença, ele passará o caso para um especialista. Um time de profissionais pode tratar o tumor ósseo, entre eles:
  • Oncologistas ortopédicos, que são cirurgiões especializados em operar tumores que afetam os ossos
  • Oncologistas clínicos
  • Radioterapeutas
  • Patologistas
  • Especialistas em reabilitação, que auxiliarão na recuperação do paciente após a cirurgia.
Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:
  • Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
  • Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade
  • Informações pessoais, como se passou por algum momento de maior estresse recentemente ou grandes mudanças de vida
  • Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar à consulta
Não esqueça de verificar, antes da consulta, se há alguma preparação ou restrição que o paciente deva seguir antes do atendimento médico e da realização de possíveis exames.
O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
  • Quando foi a primeira vez os sintomas foram notados?
  • Esses sintomas são contínuos ou ocasionais?
  • De zero a dez, quão severos são cada um dos seus sintomas?
  • Há algo que parece melhorá-los?
  • Há algo que parece piorá-los?
Também esteja preparado para tirar todas as suas dúvidas decorrentes desta condição com o médico no momento da consulta. Para isso, é interessante levar uma lista com as suas perguntas, começando pela mais importante, para o consultório. Com isso você garante que sairá de lá com as suas dúvidas respondidas e em melhores condições de iniciar o tratamento. As principais dúvidas sobre tumor ósseo são:
  • Qual é o tipo de tumor ósseo que tenho?
  • Em qual estágio ele está?
  • Serão necessários testes adicionais no meu caso?
  • Quais são as opções de tratamento disponíveis?
  • Quais são as chances do tratamento curar o câncer?
  • O tratamento interfere na possibilidade de gerar filhos?
  • Como os tratamentos podem influenciar nas outras condições de saúde que tenho?
Não hesite em fazer outras perguntas, caso elas ocorram no momento da consulta.
Diagnóstico de Tumor ósseo
Os exames para diagnosticar os tumores ósseos dependem da avaliação do médico, do quadro clínico do paciente e da evolução da doença. Para avaliar a área afetada ele pode solicitar exames de imagens como raios-x, tomografia computadorizada, ressonância nuclear magnética, cintilografia óssea.
Ainda pode ser recomendada a biópsia (retirar uma pequena amostra) do tecido do tumor para exame. A partir desta amostra, pode ser possível dizer qual o tipo de tumor que está presente, e se ele é maligno ou benigno. A biópsia pode ser realizada com uma agulha ou através de uma incisão cirúrgica maior. Essa biópsia deve ser realizada de forma que não interfira na possível cirurgia de remoção do tumor. Por este motivo, deve ser indicada pelo médico que fará o tratamento.
A partir destas informações, o médico poderá determinar em qual estádio em que a doença se encontra e definir o tratamento.
Tratamento de Tumor ósseo
As opções de tratamento para o tumor ósseo vão depender do tipo, do estádio em que ele se encontra, das condições gerais de saúde do paciente e da preferência dele. O tratamento dos tumores ósseos podem envolver cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou uma combinação delas.
Convivendo/ Prognóstico
Por mais que o diagnóstico de câncer possa ser assustador, é importante conhecer e entender as formas de tratá-lo e de viver com ele. Pesquisar, conversar com vários especialistas e se informar sobre os possíveis tratamentos, as suas indicações, contraindicações, reações adversas e complicações, deixarão o paciente mais seguro nas suas decisões com relação à doença.
Também é importante manter amigos e família por perto, pois eles fornecem o apoio que o paciente precisa para enfrentar estes momentos. Também pode ser interessante encontrar alguém com quem se possa conversar, se não um amigo ou familiar, pode ser importante conversar com um psicólogo sobre o problema. Fatores psíquicos podem interferir nos sintomas clínicos.
O paciente também deve saber que, depois de tratado, fazer exames e avaliações periódicas para verificar o controle da doença fará parte da sua rotina para garantir que, caso algo aconteça, ele seja tratado o mais rápido possível evitando maiores complicações.
Complicações possíveis
As complicações variam de acordo com o tipo de tumor adquirido e a gravidade em que ele estava quando foi descoberto e começou a ser tratado. Como cada paciente reage ao tratamento também influenciará tanto no tempo de recuperação quanto nas complicações. Quando o tumor está restrito ao osso, os casos de morte são raros.
Expectativas
O tumor ósseo maligno pode, por vezes, disseminar para outros órgãos, principalmente para os pulmões. Além disso, os tumores em geral também podem retornar depois de um tempo do tratamento. Por este motivo, os pacientes que já se trataram da doença devem retornar ao médico se notarem qualquer alteração durante o período entre consultas.
Prevenção
Não há formas específicas de prevenir o tumor ósseo. Entretanto, é possível prevenir o agravamento da doença, identificando e tratando o câncer o quanto antes. Fonte: minhavida 

domingo, 30 de outubro de 2016

Hemofilia: sintomas, tratamentos e causas
O que é Hemofilia?
A hemofilia é um distúrbio na coagulação do sangue. Por exemplo: quando cortamos alguma parte do nosso corpo e começa a sangrar, as proteínas (elementos responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento de todos os tecidos do corpo) entram em ação para estancar o sangramento. Esse processo é chamado de coagulação. As pessoas portadoras de hemofilia, não possuem essas proteínas e por isso sangram mais do que o normal.
Existem vários fatores da coagulação no sangue, que agem em uma seqüência determinada. No final dessa seqüência é formado o coágulo e o sangramento é interrompido. Em uma pessoa com hemofilia, um desses fatores não funciona. Sendo assim, o coágulo não se forma e o sangramento continua.
Tipos
A hemofilia é classificada nos tipos A e B. Pessoas com Hemofilia tipo A são deficientes de fator VIII (oito). Já as pessoas com hemofilia do tipo B são deficientes de fator IX. Os sangramentos são iguais nos dois tipos, porém a gravidade dos sangramentos depende da quantidade de fator presente no plasma (líquido que representa 55% do volume total do sangue).
Sintomas de Hemofilia
Geralmente, os sangramentos são internos, ou seja, dentro do seu corpo, em locais que você não pode ver, como nos músculos. Podem também ser externo, na pele, provocado por algum machucado aparecendo manchas roxas ou sangramento. As mucosas (como nariz, gengiva, etc.) também podem sangrar. Os sangramentos podem tanto surgir após um trauma ou sem nenhuma razão aparente. Os cortes na pele levam um tempo maior para que o sangramento pare.
Tratamento de Hemofilia
O tratamento é feito com a reposição intra-venal (pela veia) do fator deficiente. Mas para que o tratamento seja completo, o paciente deve fazer exames regularmente e jamais utilizar medicamentos que não sejam recomendados pelos médicos.
Doação de sangue
O sangue é um composto de células que cumprem funções como levar oxigênio a cada parte do nosso corpo, defender nosso organismo contra infecções e participar na coagulação. Não existe nada que substitua o sangue.
A quantidade de sangue retirada não afeta a sua saúde porque a recuperação é imediatamente após a doação. Uma pessoa adulta tem em média cinco litros de sangue e em uma doação são coletados no máximo 450ml de sangue. É pouco para você e muito para quem precisa! Você passará por uma entrevista que tem o objetivo de dar maior segurança para você e aos pacientes que receberão o seu sangue. Seja sincero ao responder as perguntas! Neste momento você também receberá informações e poderá tirar todas as suas dúvidas.
Condições básicas para doar sangue
  • Sentirse bem, com saúde
  • Apresentar documento com foto, válido em todo território nacional
  • Ter entre 18 e 65 anos de idade
  • Ter peso acima de 50 Kg.
Recomendações para o dia da doação
  • Nunca vá doar sangue em jejum
  • Faça um repouso mínimo de 6 horas na noite anterior a doação
  • Não tome bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores
  • Evite fumar por pelo menos 2 horas antes da doação
  • Evite alimentos gordurosos nas 3 horas antes da doação
  • As pessoas que exercem profissões como: pilotar avião ou helicóptero, conduzir ônibus ou caminhões de grande porte, sobem em andaimes e praticam pára-quedismo ou mergulho, devem interromper estas atividades por 12 horas antes da doação
Quem não pode doar?
  • Quem teve diagnóstico de hepatite após os 10 anos de idade
  • Mulheres grávidas ou que estejam amamentando
  • Pessoas que estão expostas a doenças transmissíveis pelo sangue como AIDS, hepatite, sífilis e doença de chagas
  • Usuários de drogas
  • Aqueles que tiveram relacionamento sexual com parceiro desconhecido ou eventual, sem uso de preservativos.
O que acontece depois da doação?
O doador recebe um lanche, instruções referentes ao seu bem estar e poderá posteriormente conhecer os resultados dos exames que serão feitos em seu sangue. Estes testes detectarão doenças como AIDS, Sífilis, Doença de Chagas, HTLV I/II, Hepatites B e C, além de outro exame para saber o tipo sanguíneo. Se for necessário confirmar algum destes testes, o doador será convocado para coletar uma nova amostra e se necessário, encaminhado a um serviço de saúde.
O que acontece com o sangue doado?
Todo sangue doado é separado em diferentes componentes (hemácias, plaquetas e plasma) e assim poderá beneficiar mais de um paciente com apenas uma unidade coletada. Os componentes são distribuídos para os hospitais para atender aos casos de emergência e aos pacientes internados. Fonte: minhavida


sábado, 29 de outubro de 2016

Doação de sangue: entenda os requisitos e como é o processo
doação de sangue ocorre quando uma pessoa voluntariamente vai a um centro especializado e disponibiliza seu sangue para ser usado em transfusões ou outras situações clínicas. No Brasil são coletadas 3,6 milhões de bolsas por ano, o que corresponde ao índice de 1,8% do parâmetro estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), cujo ideal é entre 1-3%.
Segundo o Ministério da Saúde, a qualidade da rede de sangue brasileira já é reconhecida internacionalmente. No dia 14 de junho é celebrado o "Dia Mundial do Doador de Sangue" e juntamente com a data diversos hospitais e órgãos de saúde lançam a campanha Junho Vermelho, para incentivar a doação.
Requisitos para doação de sangue
Existem normas nacionais e internacionais para a triagem de pessoas aptas a doar sangue, sendo que órgãos como o Ministério da Saúde e a Associação Americana de Bancos de Sangue são responsáveis por esse controle. O alto rigor no cumprimento dessas normas garante a saúde das pessoas que receberão o sangue, uma vez que ele não pode estar contaminado com outras doenças.
Os requisitos para doação de sangue são:
  • Estar em boas condições de saúde
  • Ter entre 16 e 69 anos. Pessoas acima de 60 anos só podem doar se já tiverem doado sangue alguma vez antes dessa idade
  • Pesar no mínimo 50kg
  • Estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas)
  • Estar alimentado, sendo que a ingestão de alimentos gordurosos deve ser evitada nas 4 horas que antecedem a doação
  • Apresentar documento original com foto emitido por órgão oficial (Carteira de Identidade, Cartão de Identidade de Profissional Liberal, Carteira de Trabalho e Previdência Social).
Quem não pode doar sangue?
No hemocentro, você pode ser impedido de doar sangue se:
  • Tiver idade inferior a 16 anos ou superior a 69 anos
  • Tiver peso inferior a 50 kg
  • Estiver com anemia no teste realizado imediatamente antes da doação
  • Estiver com hipertensão ou hipotensão arterial no momento da doação
  • Estiver com aumento ou diminuição dos batimentos cardíacos no momento da doação
  • Estiver com febre no dia da doação
  • Estiver grávida
  • Estiver amamentando, a menos que o parto tenha ocorrido há mais de 12 meses
  • Levar uma criança menor de 13 anos para o hemocentro e sem a presença de outro adulto que possa acompanhá-la após a doação.
Você estará impedido de doar sangue por 48 horas:
Você estará impedido de doar sangue por 7 dias:
  • Após diarreia
  • Após o término os sintomas de gripe ou resfriado
  • Após a cura de conjuntivite
  • Após implante dentário
  • Após extração dentária, podendo haver extensão do período conforme a medicação prescrita no pós-operatório
  • Após tratamento de canal, podendo haver extensão do período conforme a medicação prescrita no pós-operatório.
Você estará impedido de doar sangue por 2 semanas:
  • Após o término do tratamento de infecções bacterianas
  • Após a cura de rubéola
  • Após a cura de erisipela.
Você estará impedido de doar sangue por 3 semanas:
  • Após a cura de caxumba
  • Após a cura de catapora.
Você estará impedido de doar sangue por 4 semanas:
  • Se no mesmo dia recebeu vacina de vírus ou bactérias vivos e atenuados. Exemplos incluem poliomielite oral (sabin), febre tifoide oral, caxumbafebre amarela, sarampo, BCG, rubéola, catapora e varíola
  • Se no mesmo dia recebeu soro antitetânico
  • Após a cura de dengue
  • Após cirurgia odontológica com anestesia geral.
Você estará impedido de doar sangue por 3 meses:
  • Se foi submetido a apendicectomia
  • Se foi submetido a hemorroidectomia
  • Se foi submetido a hernioplastia
  • Se foi submetido a ressecção de varizes
  • Se foi submetido a amigdalectomia.
Você estará impedido de doar sangue por 6 meses a 01 ano:
  • Se foi submetido a uma cirurgia de grande porte, como colecistectomia, histerectomia, tireoidectomia e colectomia
  • Após a cura de toxoplasmose comprovada laboratorialmente
  • Após qualquer exame endoscópico (endoscopia digestiva alta, colonoscopia, etc). Se o exame envolveu biópsia, é necessário avaliação dos resultados para entender se é possível prosseguir com a doação de sangue.
Você estará impedido de doar sangue por 1 ano:
  • Se recebeu uma transfusão de sangue, plasma, plaquetas ou hemoderivados
  • Se recebeu enxerto de pele ou de osso
  • Se sofreu acidente e foi contaminado com sangue de outra pessoa
  • Se sofreu acidente com agulha já utilizada por outra pessoa
  • Se teve contato sexual com alguma pessoa soropositiva
  • Se teve contato com profissionais do sexo ou com outra pessoa que recebeu/pagou pelo ato sexual com dinheiro ou droga
  • Se teve contato sexual com usuário de droga endovenosa
  • Se teve contato sexual com pessoa que tenha recebido transfusão de sangue nos últimos 12 meses
  • Se teve relação sexual com pessoa com hepatite
  • Se mora na mesma casa de uma pessoa que tenha hepatite
  • Se fez tatuagem
  • Se fez piercing (se feito em local sem condições de avaliar a antissepsia aguardar 12 meses após realização, com material descartável e feito em local apropriado aguardar 6 meses após realização. Pessoas que fizeram piercing na mucosa oral ou genital são inapto a doar enquanto estiverem com o piercing e apto após 12 meses da retirada)
  • Se teve sífilis ou gonorreia
  • Se foi detido em penitenciária por mais de 24 horas.
Você estará impedido de doar sangue por 5 anos:
Você nunca poderá doar sangue se:
  • Tem ou teve um teste positivo para HIV
  • Teve hepatite após os 10 anos de idade (hepatite B ou C após ou antes dos 10 anos tem recusa definitiva, hepatite por medicamento tem autorização para doação após a cura e avaliação clínica, hepatite A após os 11 anos de idade tem autorização se trouxer o exame diagnóstico da doença e após avaliação clínica)
  • Já teve malária
  • Tem doença de chagas
  • Recebeu enxerto de duramater
  • Teve algum tipo de câncer, incluindo leucemia
  • Tem graves problemas no pulmão, coração, rins ou fígado
  • Tem problema de coagulação de sangue
  • É diabético com complicações vasculares
  • Teve tuberculose extrapulmonar
  • Já teve elefantíase
  • Já teve hanseníase
  • Já teve calazar (leishmaniose visceral)
  • Já teve brucelose
  • Tem alguma doença que gere inimputabilidade jurídica
  • Foi submetido à gastrectomia total
  • Foi submetido à pneumectomia
  • Foi submetido à esplenectomia não decorrente de trauma
  • Foi submetido a transplante de órgãos ou de medula.
Essas são as principais causas de inaptidão para doar sangue. Entretanto, esta relação não esgota o assunto. Algumas situações não estão incluídas nesta lista e serão definidas na triagem clínica por meio do questionário.
Sangue desperdiçado
No Brasil homens que tiveram relações sexuais com outros homens até 12 meses antes da coleta de sangue não podem ser doadores. Isto faz com que todos os anos sejam desperdiçados 502 mil litros de sangue e que cerca de 4.4 milhões de vidas não sejam salvas.
Quando uma unidade de doação vai até você?
No Brasil, a Fundação Pró-Sangue disponibiliza a Coleta Externa - ou seja, centros itinerários de doação de sangue em empresas, universidades, escolas e comunidades. Pessoas interessadas nesse serviço devem entrar em contato com a Divisão de Medicina Transfusional da Pró-Sangue.
A organização recomenda que as instituições reúnam grupos a partir de 60 pessoas, bem como disponham de instalação adequada, com uma área de no mínimo 100 metros quadrados bem ventilada e iluminada, com bebedouro e banheiros próximos. Para tanto, o local destinado à doação é vistoriado e aprovado com antecedência por profissionais técnicos. Na data acordada, a equipe desloca-se até o local, efetuando a coleta de bolsas de sangue.
Passo a passo para doação de sangue
Uma série de procedimentos é adotada para a doação de sangue ser efetiva:
Na impossibilidade de deslocar uma van e fazer a instalação do centro de doação um local específico, é possível fazer o agendamento de horários para atendimento a grupos acima de 20 pessoas nos postos de coleta. Para mais informações, ligue no Alô Pró-Sangue 0800-55-0300 ou mande um e-mail para agendamentogrupos@prosangue.sp.gov.br.
  • Cadastro: ao chegar no posto de coleta, o candidato à doação informa seus dados e recebe um código que o acompanha durante todo o processo. Se a doação de sangue está sendo feita para repor o sangue que foi utilizado em transfusão para uma pessoa específica, é necessário avisar no momento do cadastro
  • Teste para anemia: é feito um teste rápido para verificar se o candidato à doação possui nível de hemoglobina "dentro dos parâmetros de normalidade". Caso esteja abaixo ou acima dos valores normais, a pessoa não está apta a doar e é orientada a procurar um serviço de saúde
  • Sinais vitais e peso: são verificados o batimento cardíaco, pressão arterial, peso e temperatura do candidato
  • Triagem clínica: o candidato responde a uma entrevista confidencial, com o objetivo de avaliar se a doação pode trazer riscos para ele ou para o receptor. É fundamental responder corretamente e honestamente às perguntas
  • Voto de autoexclusão: após responder ao questionário, o doador pode responder SIM ou NÃO à seguinte pergunta: "Você apresenta situação de risco para doenças sexualmente transmissíveis"? Independentemente da resposta, o sangue será coletado e todos os testes serão realizados. Porém, se a resposta for SIM, a bolsa será descartada independentemente do resultado desses exames
  • Coleta: é passada uma solução antisséptica no local onde será feita a punção. A coleta de sangue é totalmente segura, sendo utilizada uma agulha estéril, de uso único e descartável, para coletar cerca de 450ml de sangue e amostras para a realização de exames obrigatórios por lei. Não há nenhum risco de o doador adquirir uma doença infecciosa com a doação de sangue
  • Lanche: após a doação, o doador recebe um lanche e um suco, que deverão ser consumidos na cantina do posto de coleta.
O sangue doado é testado para hepatite B e hepatite C, HIV, HTLV I e II, Chagas e sífilis. Se qualquer um dos testes apresentar resultado alterado, o sangue doado não será utilizado para transfusão e o doador será convocado a retornar para repetição dos exames. Caso ocorra inadequação das amostras, o doador também será convocado a repetir os exames.
Cuidados pós-doação
Algumas orientações devem ser seguidas pelo doador, veja:
  • Antes de deixar o banco de sangue, é necessário permanecer sentado por 15 minutos no mínimo. É um bom momento para comer e beber o lanche oferecido
  • Ingerir quantidades extras de líquidos nas primeiras 24 horas após a doação. Isto ajudará na reposição do volume de sangue perdido
  • Não ingerir bebidas alcoólicas por 24 horas
  • Não fumar por 2 horas
  • Evitar exercícios físicos extenuantes por 12 horas, incluindo subir rampas e escadas. Esta conduta previne sangramentos, ajuda na cicatrização do local onde a agulha foi colocada e na reposição de sangue que o organismo precisa fazer
  • Manter o curativo no local da agulha por 4 horas no mínimo. Caso volte a sangrar, pressionar o local por 2-5 minutos e então trocar a curativo, que deverá permanecer por mais 4 horas.
Se o doador sentir mal-estar, tontura, fraqueza e sensação de desmaio após deixar o banco de sangue, o ideal é sentar e colocar a cabeça entre os joelhos, ou então deitar imediatamente no chão com as pernas elevadas. Estas medidas evitam quedas e aumentam a circulação de sangue na cabeça, aliviando rapidamente os sintomas.
Caso o doador acredite que seu sangue não deve ser utilizado para transfusão por algum motivo e isso não foi dito durante a doação, é importante entrar em contato o mais breve possível com o centro de coleta para que o sangue seja descartado. Notificar qualquer situação que possa comprometer a amostra garante a segurança da transfusão e a saúde dos pacientes que recebem o sangue.
Na ocorrência de febre, diarreia ou outro sintoma de doença infecciosa até sete dias após a doação, comunicar imediatamente o centro de coleta.
Quanto tempo esperar até a próxima doação?
  • Homens podem fazer doação de sangue a cada 60 dias, com máximo de 4 doações a cada 12 meses
  • Mulheres devem esperar 90 dias entre uma doação de sangue e outra, com máximo de 3 doações no período de 12 meses.
Hemocentros do Brasil
A Fundação Pró-Sangue disponibiliza uma lista com todos os hemocentros do Brasil. Para saber qual é o centro de coleta mais próximo de você, confira o site da organização.
Perguntas frequentes
Por que pessoas com diabetes não podem doar sangue?
Na verdade, nem todos os pacientes com diabetes estão impedidos de doar sangue. Os diabéticos que não podem fazer a doação são os insulinodependentes, ou seja, pacientes que precisam da insulina para manter o controle da doença. Essa divisão acontece porque os insulinodependentes têm importantes alterações do sistema cardiovascular, e por isso podem apresentar alguma reação grave durante ou logo após a doação de sangue.
Por que o limite de 450ml de sangue por bolsa?
Devido ao volume de anticoagulante presente na bolsa, o que é padronizado para anticoagular no máximo esse volume de sangue. Uma pessoa adulta possui em média cinco litros de sangue circulando pelo corpo. Em uma doação são coletados no máximo 450 ml, ou seja, menos de 10% de todo o sangue - levando em conta que o coração está bombeando sangue novo o tempo inteiro.
Por que pessoas com peso inferior a 50 kg não podem doar sangue?
O volume de sangue total a ser coletado é diretamente relacionado ao peso do doador. Para os homens não pode exceder a 9ml/kg peso e, para as mulheres, a 8ml/kg peso. O anticoagulante presente na bolsa de coleta liga-se ao sangue impedindo que este coagule, e o volume de anticoagulante da bolsa é padronizado para um mínimo de 400ml de sangue. Logo, uma pessoa com peso inferior a 50 kg não poderia doar o volume mínimo.
Em quanto tempo o organismo faz a reposição do sangue doado?
A reposição do volume de plasma ocorre em 24 horas e a dos glóbulos vermelhos em 4 semanas. Entretanto, para o organismo atingir o mesmo nível de estoque de ferro que apresentava antes da doação, são necessárias 8 semanas para os homens e 12 semanas para as mulheres. Esses são os intervalos mínimos entre as duas doações de sangue.
Por que pessoas que tiveram hepatite antes dos 10 anos de idade podem doar?
Porque a probabilidade desse candidato ter sofrido de hepatite A é de quase 100%. Como a hepatite A não deixa sequelas nem partículas virais remanescentes após a cura, não há contraindicação em doar sangue após esse tipo de hepatite. Dessa forma, ainda que o doador não saiba qual o foi o tipo de hepatite que sofreu, se foi antes do 10 anos de idade certamente ocorreu o tipo A.
Por que pessoas provenientes de área endêmica para malária não podem doar?
Ainda não há um teste sensível para detecção de malária que possa ser aplicado rotineiramente em bancos de sangue. Por essa razão, pessoas estiveram em zona de malária ficam temporariamente impedidas de doar, diminuindo assim o risco de coletar bolsas infectadas com a doenças e transmitir para outras pessoas por meio da transfusão.
Há contraindicação para a prática sexual após a doação de sangue?
Não há qualquer contraindicação para realização de atividade sexual após a doação de sangue.
O doador de sangue tem direito à folga no trabalho?
Sim, o doador tem direito a um (01) dia de folga no trabalho em cada 12 meses trabalhados, desde que a doação esteja devidamente comprovada, de acordo com os termos previstos no Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 (Consolidação das Leis do Trabalho). Esse direito também se estende ao funcionário público civil de autarquia ou militar, conforme preconizam a Lei Federal nº 1.075, de 27 de março de 1950, bem como a Lei Estadual nº 3.365, de 6 de junho de 1956. Mas apesar da legislação vigente, cumpre ressaltar que a doação de sangue é um gesto voluntário e altruísta e, portanto, não deve ser encarada como um benefício próprio.
Por que não se pode consumir alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem à doação?
Segundo recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), o sangue recebido de uma doação deve ter no mínimo 10% de gordura. Quando esse limite é ultrapassado, torna-se mais difícil identificar doenças transmissíveis, como hepatites B e C, Aidssífilis e Chagas. Fonte: minhavida