Difteria: sintomas, tratamentos e causas
O que é Difteria?
A difteria é uma
infecção causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae, transmitida de
pessoa para pessoa através de contato físico e respiratório. Ela forma placas
amareladas frequentemente nas amígdalas, laringe e nariz. Em casos mais graves,
pode ocorrer um inchaço grave no pescoço, com aumento dos gânglios linfáticos.
Isso pode gerar dificuldade de respirar ou bloqueio total da respiração.
Após o surgimento
da vacina tríplice bacteriana e da vacina pentavalente, o número de casos de
difteria se tornou muito raro no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde,
são registrados menos de cinco casos por ano no país.
Sinônimos
Crupe
Causas
Difteria é
transmitida pela bactéria Corynebacterium diphtheriae. Seu principal
reservatório é o próprio doente ou o portador (pessoa que carrega a bactéria no
corpo, mas não apresenta sintomas). A via respiratória superior e a pele são
locais habitualmente colonizados pela bactéria.
A transmissão se dá
pelo contato direto de pessoa doente ou portadores através de gotículas de
secreção respiratória, que podem ser eliminadas por tosse, espirro ou ao falar.
Em casos raros, pode ocorrer a contaminação por objetos pessoais capazes de
absorver e transportar micro-organismos.
Em geral, leva
cerca de 1-6 dias para a pessoa infectada começar a apresentar sintomas. No
entanto, esse período pode ser mais longo. Uma pessoa infectada e doente pode
transmitir a doença até duas semanas após o início dos sintomas, uma vez que
após o tratamento as bactérias são eliminadas. No entanto, uma pessoa portadora
pode eliminar o bacilo por 6 meses ou mais.
Fatores de risco
Qualquer pessoa
está suscetível a adquirir difteria. No entanto, alguns grupos estão em maior
risco:
- Crianças e adultos que não
receberam a vacina
- Pessoas que vivem em
condições de superlotação ou insalubres
- Pessoas que viajam para uma
região onde a difteria é endémica.
Sintomas de
Difteria
Os sintomas de
difteria geralmente começam 1-6 dias após a pessoa se infectar. Os sinais
incluem:
- Membrana grossa e
acinzentada cobrindo a garganta e amígdalas
- Dor de garganta e rouquidão
- Glânglios inchadas
(linfonodos aumentados) em seu pescoço
- Dificuldade em respirar ou
respiração rápida
- Corrimento nasal
- Febre e calafrios
- Mal-estar.
Em algumas pessoas,
a infecção por difteria provoca apenas uma doença leve – em alguns casos, não
há qualquer sintoma.
Além da infecção
comum na garganta, raramente a difteria pode afetar a pele, causando dor,
vermelhidão e inchaço, que podem ser associados com outras infecções bacterianas
da pele. Úlceras cobertas por uma membrana cinza também pode se desenvolver na
difteria cutânea.
Buscando ajuda
médica
Marque uma consulta
médica se você ou seu filho foi exposto a alguém com difteria. Também é
importante se certificar de que suas vacinas e as de seus filhos estão em dia.
Na consulta médica
Especialistas que
podem diagnosticar difteria são:
- Clínico geral
- Pediatra
- Dermatologista
- Infectologista.
Estar preparado
para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma,
você já pode chegar à consulta com algumas informações:
- Uma lista com todos os
sintomas e há quanto tempo eles apareceram
- Histórico médico, incluindo
outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que
ele tome com regularidade
- Histórico de vacinas (cartão
de vacinação)
- Se possível, peça para uma
pessoa te acompanhar.
O médico
provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
- Quando os sintomas
começaram?
- Há dificuldade para
respirar, dor de garganta ou dificuldade em engolir?
- Houve febre? Se sim, qual
foi o pico de temperatura e quanto tempo durou?
- Você/seu filho foi
recentemente exposto a alguém com difteria?
- Alguém próximo tem sintomas
semelhantes?
- A carteirinha de vacinação
está atualizada?
- Você está em tratamento para
outras condições médicas?.
Diagnóstico de
Difteria
O diagnóstico de
difteria é feito com base em um exame físico. O médico ou médica pode pedir um
exame de cultura, colhendo amostras da inflamação na garganta ou pele.
Tratamento de
Difteria
Entre os
medicamentos receitados para tratamento da difteria estão:
- Antitoxina, injetado em uma
veia ou no músculo. O medicamento neutraliza a toxina da difteria que já
circula no corpo
- Antibióticos, como a
penicilina ou eritromicina.
A equipe médica
também podem remover algumas das membranas que se formam na garganta, caso elas
estejam obstruindo a respiração.
Medicamentos para
Difteria
Os medicamentos
mais usados para o tratamento de difteria são:
Somente um médico
pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem
correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu
médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem
consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito
maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.
Complicações
possíveis
Se não for tratada,
a difteria pode causar inchaço dos gânglios linfáticos da garganta, obstruindo
a respiração, podendo levar à morte. A toxina produzida pela bactéria pode
levar a problemas neurológicos ou cardíacos.
Prevenção
A melhor forma de
prevenir a difteria é com a vacinação, que pode ser a tríplice bacteriana ou a pentavalente.
A vacina tríplice
bacteriana clássica (difteria, tétano e pertussis acelular), está indicada
para crianças com até sete anos de idade. Após essa data é utilizada a vacina
de dTpa (tríplice bacteriana acelular do tipo adulto).
Há também a vacina
pentavalente, indicada para imunização ativa de crianças a partir de dois meses
de idade contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e doenças
causadas por Haemophilus influenzae tipo b.
Ambas vacinas estão
disponíveis no calendário oficial do Ministério da Saúde. Pessoas que não
tomaram essa vacina quando crianças devem buscar a imunização, principalmente
profissionais da saúde, militares, policiais, bombeiros, profissionais da
aviação, profissionais que viajam muito, coletores de lixo, dejetos e águas
contaminadas, alimentos e bebidas, profissionais que trabalham com crianças ou
animais, manicures e podólogos. Nestes grupos, a vacinação é especialmente
indicada. Fonte: minhavida
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