Sexo na gravidez: o que o bebê sente?
Fazer sexo na gravidez é uma prática normal e não traz
problema nenhum, desde que não haja contraindicações, como ameaça de parto
prematuro ou abortamento. No entanto, muitas mulheres ficam em dúvida, com
receio de que seja ruim para o bebê. A seguir você confere o que o bebê
sente durante o sexo na gravidez:
O que o bebê sente
Bem-estar hormonal
Durante o sexo o organismo da mulher libera uma série de hormônios que
trazem bem-estar. "A intimidade e o prazer vividos no sexo fazem com que a
mulher libere endorfinas, que podem atravessar a placenta e chegar ao bebê,
causando a sensação de relaxamento e tranquilidade", explica o
ginecologista Antônio Braga, membro da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia
do Rio de janeiro (SGORJ), professor de obstetrícia da Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Maior frequência cardíaca
A adrenalina também é um
hormônio que pode passar pela placenta e ele causa, entre outros aspectos, um
aumento nos batimentos cardíacos da mãe e do bebê. Mas não se preocupe, isso
não faz mal ao pequeno. "Em ritmos normais e esperados, e durante pouco
tempo, isso é esperado e natural", tranquiliza o especialista.
A hora do orgasmoNo momento do orgasmo a mulher libera uma descarga
ainda maior de endorfinas, que chegam ao bebê também. Dessa forma, o bebê se
sente tão bem quanto a mãe nesse momento e pode até fortalecer o vínculo entre
eles.
O pênis chega até o bebê?
Um medo muito comum que impede os casais de fazerem sexo na gravidez é o
medo do pênis causar algum ferimento no bebê. No entanto, não existe esse
perigo. "O colo do útero é uma estrutura bem endurecida e espessa o
suficiente para não deixar que o impacto chegue ao bebê", considera
Natalia Grandini Tannous, ginecologista do Hospital e Maternidade São Luiz
Itaim (SP).
Movimentos bruscos abalam o bebê?
Na gravidez, ainda mais quando a gravidez está avançada e a barriga
cresce, é muito mais difícil fazer algumas posições sexuais. "A mulher
normalmente prefere alguma posição em que esteja confortável e que também não
encurte muito o canal vaginal", explica Braga. Portanto não é preciso ter
medo de que os movimentos mais bruscos no sexo prejudiquem o bebê.
Além disso, o útero
é uma estrutura muscular feita para proteger o bebê de impactos fortes, como
explica Natalia. E o líquido amniótico também existe para proteger o pequeno de
qualquer impacto. Portanto não é preciso ter medo.
A partir de quando
o bebê sente tudo isso?
É difícil saber
quando o feto começa a conseguir perceber o mundo externo, já que não existem
tantos estudos conclusivos sobre o tema. "No entanto, sabemos que com 12
semanas o sistema nervoso central do feto já começa a atingir uma maturidade
que pode favorecer que ele tenha essas sensações", considera Braga.
Contraindicações
para o sexo na gravidez
Sexo é saudável e
faz bem. Só é contraindicado na gravidez se a mãe tiver alguma condição
perigosa. "Situações como área de descolamento, placenta baixa ou colo do
útero curto podem trazer contraindicações e é importante conversar sobre isso
com seu obstetra", sinaliza Natalia.
Além disso,
mulheres que podem ter um parto antecipado devido ao sexo na gestação. "No
final da gravidez o colo do útero passa a ser suscetível ao hormônio ocitocina,
que desencadeia as contrações do parto", conta a especialista. Como esse
hormônio é liberado em grandes quantidades durante a relação sexual, se a
mulher tem risco de ter um parto prematuro não é uma boa ideia fazer sexo
nessas condições.
Outro ponto
importante é que nenhuma mulher deve fazer sexo se não quiser! Como a libido é
muito variável nessa fase, pode ser que ela não esteja afim. "As
alterações hormonais e a ansiedade podem deixar tanto a mulher com mais desejo
sexual, quanto deixá-la menos disposta", explica Natalia. Além disso,
conforme a gestação avança, fica mais difícil a mulher chegar ao orgasmo e ter
satisfação sexual.
Além disso, use
camisinha se houver risco de transmissão de DSTs. Isso porque as doenças
sexualmente transmissíveis têm um duplo potencial de danos na gravidez, pois
podem prejudicar a mãe e o bebê. De acordo com o ginecologista Antônio Braga,
se a gestante contrair sífilis, há risco de aborto e, se a mãe conseguir dar à
luz, o bebê pode sofrer diferentes sequelas, como cegueira, surdez, deficiência
mental e malformações de modo geral, como microcefalia.
"Só é
importante que não haja contraindicações, como ameaça de parto prematuro ou
abortamento", alerta o ginecologista Antônio Braga, membro da Sociedade de
Ginecologia e Obstetrícia do Rio de janeiro (SGORJ), professor de obstetrícia
da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Federal
Fluminense (UFF). Fonte:minhavida
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