quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

O que fazer quando o remédio para ereção não funciona mais?
Os remédios para disfunção erétil (como o pioneiro Viagra® do laboratório Pfizer) revolucionaram a forma como se entendia e tratava a disfunção erétil e impotência sexual. Seu princípio ativo é a sildenafila, mas hoje, além dela, existem a tadalafila, vardenafila, lodenafila e novatos como a udenfila e mirodenafila. Todos são indicados para tratar o homem com dificuldade de ereção e podem ser utilizados como comprimidos, ou seja, por via oral.
No entanto, existem homens que nem sempre são beneficiados por este tratamento. Nesses casos, se o medicamento foi indicado corretamente, o primeiro ponto importante é saber se o uso foi feito adequadamente. Tomou a dose correta? Tentou quantas vezes? Namorou depois de uma hora?
Estudos mostram que quando a testosterona, principal hormônio masculino, está muito baixa, a resposta aos medicamentos inibidores é pior. Ao restabelecer os níveis fisiológicos através da reposição hormonal, a resposta aos medicamentos orais melhora.
E se está tudo bem com a testosterona?
Consideremos que todos os cuidados acima foram corretamente avaliados e estamos diante de um homem com disfunção erétil que não conseguiu resolver seu problema com nenhuma medicação oral. O que resta fazer?
Primeiro ponto: considerar que o homem tem um quadro circulatório mais grave. Em outras palavras: a falha na resposta ao uso da sildenafila, tadalafila ou vardenafila pode representar uma situação cardiovascular pior e a avaliação com o cardiologista é importante.
A arte no tratamento da disfunção sexual é saber individualizar a conduta de acordo com a gravidade do problema, da presença de comorbidades e, principalmente, das expectativas do paciente. Vale destacar uma medida comum, útil em praticamente todos os casos: devemos estimular a adoção de hábitos de vida saudáveis. Quem está acima do peso e sedentário deve ser motivado a checar sua saúde cardiovascular e inserir atividade física bem orientada na sua rotina. Após os 40 anos, a única maneira saudável de perder peso é aliando alimentação balanceada com atividade aeróbica.
Controlar a hipertensão e o diabetes segue a mesma linha. Abandonar o tabagismo e o exagero nas bebidas alcoólicas. Todas essas atitudes podem resgatar condições fisiológicas para que o medicamento oral passe a gerar ereções mais rígidas.
O que existe além da medicação oral para ereção?
Lembramos que muito antes do lançamento dos medicamentos orais para ereção, já existiam outros métodos como os produtos injetáveis, a bomba de vácuo e as famosas próteses ou implantes penianos. Na verdade, esses recursos eram muito utilizados, pois o que existia de medicação oral quase não gerava efeito.
O que existe além da medicação oral para ereção?
Lembramos que muito antes do lançamento dos medicamentos orais para ereção, já existiam outros métodos como os produtos injetáveis, a bomba de vácuo e as famosas próteses ou implantes penianos. Na verdade, esses recursos eram muito utilizados, pois o que existia de medicação oral quase não gerava efeito.
As bombas de vácuo ou bombas penianas são muito utilizadas na Europa. Consiste em um cilindro de plástico acoplado a um sistema de sucção que retira o ar do interior e ao gerar vácuo, produz o aumento do pênis de uma maneira diferente. O pênis cresce porque suas paredes são tracionadas e o sangue é sugado para o interior dos corpos cavernosos. Funcionam como método não invasivo pra provocar ereção. Podem ser associadas a um anel elástico que comprime a base do pênis e mantém a rigidez para penetração. Exigem treinamento e supervisão profissional para que não ocorram acidentes.
Terapia combinada: mais possibilidades
Na disfunção erétil é possível utilizar as terapias já citadas, que possuem diferentes mecanismos de ação, para obter um efeito sinérgico. Podemos associar o uso da medicação oral com a bomba de vácuo, por exemplo. Nesse caso, uma hora antes da atividade sexual o homem toma um comprimido da sildenafila e cerca de cinco minutos antes utiliza a bomba de vácuo e o anel constritor para obter uma rigidez peniana suficiente para penetração.
A associação do medicamento oral com injetável também pode ser realizada nos casos onde apenas a injeção não conseguiu o efeito esperado.
A associação do medicamento oral com injetável também pode ser realizada nos casos onde apenas a injeção não conseguiu o efeito esperado.
Quando a prótese é a melhor opção?
Os implantes penianos também conhecidos como prótese são muito antigos. Apesar de enormes avanços na tecnologia na área da saúde, ainda consideramos os implantes penianos a terceira linha de tratamento para disfunção erétil.
Os implantes estariam indicados para os homens com condições clínicas para realizar a cirurgia, portadores de impotência sexual que não responde aos medicamentos orais, injetáveis, bombas de vácuo e terapia combinada. Ou seja, devemos considerar a prótese quando não foi possível resolver o problema sexual com medidas mais simples.
Para realizar o implante é necessário substituir o interior dos corpos cavernosos (cilindros que esticam e encolhem e que são responsáveis pela rigidez do pênis) por duas hastes de silicone e um fio metálico (prótese maleável) ou por um complexo sistema hidráulico com cilindros e reservatório (prótese inflável). Portanto, após a colocação da prótese, não há como retornar aos métodos mais simples.
Para realizar o implante é necessário substituir o interior dos corpos cavernosos (cilindros que esticam e encolhem e que são responsáveis pela rigidez do pênis) por duas hastes de silicone e um fio metálico (prótese maleável) ou por um complexo sistema hidráulico com cilindros e reservatório (prótese inflável). Portanto, após a colocação da prótese, não há como retornar aos métodos mais simples.
A cirurgia, portanto, deve ser considerada uma terapia definitiva. As expectativas do paciente e da parceira precisam ser corretamente compreendidas. E o procedimento realizado com o máximo de rigor técnico e nas melhores condições cirúrgicas. Quando bem indicada, a colocação das próteses penianas apresenta taxas de satisfação superiores aos 90%. E servem como argumento de que é possível restabelecer a capacidade de penetração e atividade sexual em praticamente qualquer paciente.
Outro ponto importante quando o assunto é prótese tem a ver com o tamanho do pênis. Alguns homens e até algumas mulheres acreditam que com a cirurgia o pênis vai aumentar de tamanho. Não é verdade. O implante peniano pode simplesmente recuperar o tamanho que o pênis tinha antes de sofrer algum trauma, fibrose ou atrofia pelo desuso. Mas não acredite em promessas de ampliação para além do tamanho que o órgão sempre teve. Existe limite anatômico para isso. O comprimento dos nervos e vasos sanguíneos localizados na região dorsal do pênis e que não podem ser esticados.
Apesar de todos os avanços da medicina sexual, a forma mais eficaz de manter a satisfação com seu desempenho é adotar hábitos saudáveis. Faça exercícios regularmente, controle seu peso, verifique suas taxas de açúcar, colesterol e sua pressão arterial ao menos uma vez por ano. Não fume nem exagere no consumo de bebidas alcoólicas. Descanse. Tenha seus momentos de lazer. Cultive suas amizades e cuide do seu relacionamento. Fonte: minhavida


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