O que fazer quando o remédio para ereção não funciona mais?
Os remédios
para disfunção erétil (como o
pioneiro Viagra® do laboratório Pfizer) revolucionaram a forma como se entendia
e tratava a disfunção erétil e impotência sexual. Seu princípio ativo é a
sildenafila, mas hoje, além dela, existem a tadalafila, vardenafila, lodenafila
e novatos como a udenfila e mirodenafila. Todos são indicados para tratar o
homem com dificuldade de ereção e podem ser
utilizados como comprimidos, ou seja, por via oral.
No entanto, existem
homens que nem sempre são beneficiados por este tratamento. Nesses casos, se o
medicamento foi indicado corretamente, o primeiro ponto importante é saber se o
uso foi feito adequadamente. Tomou a dose correta? Tentou quantas vezes?
Namorou depois de uma hora?
Estudos mostram que
quando a testosterona, principal hormônio masculino, está muito baixa, a
resposta aos medicamentos inibidores é pior. Ao restabelecer os níveis
fisiológicos através da reposição hormonal, a resposta aos medicamentos orais
melhora.
E se está tudo bem
com a testosterona?
Consideremos que
todos os cuidados acima foram corretamente avaliados e estamos diante de um
homem com disfunção erétil que não conseguiu resolver seu problema com nenhuma
medicação oral. O que resta fazer?
Primeiro ponto:
considerar que o homem tem um quadro circulatório mais grave. Em outras
palavras: a falha na resposta ao uso da sildenafila, tadalafila ou vardenafila
pode representar uma situação cardiovascular pior e a avaliação com o
cardiologista é importante.
A arte no
tratamento da disfunção sexual é saber individualizar a conduta de acordo com a
gravidade do problema, da presença de comorbidades e, principalmente, das
expectativas do paciente. Vale destacar uma medida comum, útil em praticamente
todos os casos: devemos estimular a adoção de hábitos de vida saudáveis. Quem
está acima do peso e sedentário deve ser motivado a checar sua saúde
cardiovascular e inserir atividade física bem orientada
na sua rotina. Após os 40 anos, a única maneira saudável de perder peso é
aliando alimentação balanceada com atividade aeróbica.
Controlar a hipertensão e o diabetes segue a mesma
linha. Abandonar o tabagismo e o exagero
nas bebidas alcoólicas. Todas essas atitudes podem resgatar condições
fisiológicas para que o medicamento oral passe a gerar ereções mais rígidas.
O que existe além
da medicação oral para ereção?
Lembramos que muito
antes do lançamento dos medicamentos orais para ereção, já existiam outros
métodos como os produtos injetáveis, a bomba de vácuo e as famosas próteses ou
implantes penianos. Na verdade, esses recursos eram muito utilizados, pois o
que existia de medicação oral quase não gerava efeito.
O que existe além
da medicação oral para ereção?
Lembramos que muito
antes do lançamento dos medicamentos orais para ereção, já existiam outros
métodos como os produtos injetáveis, a bomba de vácuo e as famosas próteses ou
implantes penianos. Na verdade, esses recursos eram muito utilizados, pois o
que existia de medicação oral quase não gerava efeito.
As bombas de vácuo
ou bombas penianas são muito utilizadas na Europa. Consiste em um cilindro de
plástico acoplado a um sistema de sucção que retira o ar do interior e ao gerar
vácuo, produz o aumento do pênis de uma maneira diferente. O pênis cresce
porque suas paredes são tracionadas e o sangue é sugado para o interior dos
corpos cavernosos. Funcionam como método não invasivo pra provocar ereção.
Podem ser associadas a um anel elástico que comprime a base do pênis e mantém a
rigidez para penetração. Exigem treinamento e supervisão profissional para que
não ocorram acidentes.
Terapia combinada:
mais possibilidades
Na disfunção erétil
é possível utilizar as terapias já citadas, que possuem diferentes mecanismos
de ação, para obter um efeito sinérgico. Podemos associar o uso da medicação
oral com a bomba de vácuo, por exemplo. Nesse caso, uma hora antes da atividade
sexual o homem toma um comprimido da sildenafila e cerca de cinco minutos antes
utiliza a bomba de vácuo e o anel constritor para obter uma rigidez peniana
suficiente para penetração.
A associação do
medicamento oral com injetável também pode ser realizada nos casos onde apenas
a injeção não conseguiu o efeito esperado.
A associação do
medicamento oral com injetável também pode ser realizada nos casos onde apenas
a injeção não conseguiu o efeito esperado.
Quando a prótese é
a melhor opção?
Os implantes
penianos também conhecidos como prótese são muito antigos. Apesar de enormes
avanços na tecnologia na área da saúde, ainda consideramos os implantes
penianos a terceira linha de tratamento para disfunção erétil.
Os implantes
estariam indicados para os homens com condições clínicas para realizar a cirurgia,
portadores de impotência sexual que não responde aos medicamentos orais,
injetáveis, bombas de vácuo e terapia combinada. Ou seja, devemos considerar a
prótese quando não foi possível resolver o problema sexual com medidas mais
simples.
Para realizar o
implante é necessário substituir o interior dos corpos cavernosos (cilindros
que esticam e encolhem e que são responsáveis pela rigidez do pênis) por duas
hastes de silicone e um fio metálico (prótese maleável) ou por um complexo
sistema hidráulico com cilindros e reservatório (prótese inflável). Portanto,
após a colocação da prótese, não há como retornar aos métodos mais simples.
Para realizar o
implante é necessário substituir o interior dos corpos cavernosos (cilindros
que esticam e encolhem e que são responsáveis pela rigidez do pênis) por duas
hastes de silicone e um fio metálico (prótese maleável) ou por um complexo
sistema hidráulico com cilindros e reservatório (prótese inflável). Portanto,
após a colocação da prótese, não há como retornar aos métodos mais simples.
A cirurgia,
portanto, deve ser considerada uma terapia definitiva. As expectativas do
paciente e da parceira precisam ser corretamente compreendidas. E o
procedimento realizado com o máximo de rigor técnico e nas melhores condições
cirúrgicas. Quando bem indicada, a colocação das próteses penianas apresenta
taxas de satisfação superiores aos 90%. E servem como argumento de que é
possível restabelecer a capacidade de penetração e atividade sexual em
praticamente qualquer paciente.
Outro ponto
importante quando o assunto é prótese tem a ver com o tamanho do pênis. Alguns
homens e até algumas mulheres acreditam que com a cirurgia o pênis vai aumentar
de tamanho. Não é verdade. O implante peniano pode simplesmente recuperar o
tamanho que o pênis tinha antes de sofrer algum trauma, fibrose ou atrofia pelo
desuso. Mas não acredite em promessas de ampliação para além do tamanho que o
órgão sempre teve. Existe limite anatômico para isso. O comprimento dos nervos
e vasos sanguíneos localizados na região dorsal do pênis e que não podem ser
esticados.
Apesar de todos os
avanços da medicina sexual, a forma mais eficaz de manter a satisfação com seu
desempenho é adotar hábitos saudáveis. Faça exercícios regularmente, controle
seu peso, verifique suas taxas de açúcar, colesterol e sua pressão arterial ao
menos uma vez por ano. Não fume nem exagere no consumo de bebidas alcoólicas.
Descanse. Tenha seus momentos de lazer. Cultive suas amizades e cuide do seu
relacionamento. Fonte: minhavida
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