Faringite: sintomas, tratamentos e causas
O que é Faringite?
Faringite é uma
inflamação que costuma causar dor, irritação, coceira e desconforto na região
da faringe - a parte superior da garganta, que conecta o nariz e a boca à
laringe e ao esôfago.
A faringite é um
dos vários distúrbios que podem acometer a região da garganta, assim como
a laringite e a amigdalite. Os sintomas são mais comuns no
inverno, época em que o ar seco e aglomeração maior de pessoas em ambientes
fechados facilitam a entrada de vírus e bactérias pelas vias aéreas.
Tipos
Faringite
viral
A faringite viral é o tipo mais comum de faringite, sendo
causada pela infecção de vírus na faringe. Para essa manifestação da doença, o
tratamento pode ser feito em casa à base de medicamentos e cuidados simples.
Faringite
bacteriana
Causada pela infecção de bactérias, a manifestação mais comum dessa
forma da doença é a faringite estreptocócica é causada pela bactéria Streptococcus
pyogenes, mais conhecida como estreptococo do grupo A. As
faringites bacterianas exigem um tratamento mais específico, com antibióticos.
Causas
A faringite viral costuma surgir em casos de infecções causadas
por vírus, como o resfriado comum, a gripe e a mononucleose. A
faringite também pode surgir em pessoas com doenças sexualmente transmissíveis
(DSTs), a exemplo da gonorreia. Outros fatores como alergias, clima
seco, poluição, distensão nos músculos da garganta e até problemas mais graves,
como tumores e infecção por HIV, também podem levar a um quadro de faringite.
Fatores de
risco
Qualquer um pode desenvolver faringite, mas alguns fatores
externos e comportamentos de risco podem contribuir para o aparecimento do
distúrbio. Veja:
Menoridade
Crianças e adolescentes são mais suscetíveis a desenvolver um
quadro de faringite. A faringite estreptocócica, por exemplo, é responsável por
20% a 30% das faringites em crianças e por 5% a 15% dos casos em adultos.
Exposição à
fumaça do cigarro
Ser fumante ou ser exposto à fumaça do cigarro também são
fatores que contribuem para o surgimento dos sintomas. O fumo pode provocar
ainda complicações mais graves na garganta, como o câncer.
Alergias
Ser alérgico a pó, mofo e pelos de animais de estimação pode
contribuir também para desenvolver faringite.
Exposição a
componentes químicos
Viver em grandes metrópoles, onde o índice de poluição é mais
elevado, também é um fator considerado de risco. O ar poluído é uma mistura de
partículas que leva à inflamação das vias aéreas, reduzindo a defesa.
Infecções
respiratórias crônicas
O muco do nariz causado por infecções respiratórias consideradas
crônicas, como asma e enfisema pulmonar, pode irritar a garganta e provocar a
doença.
Frequentar
ambientes fechados
Morar, trabalhar ou estudar em ambientes fechados, por exemplo,
em que há grandes aglomerações de pessoas, pode facilitar a entrada de vírus e
bactérias causadores da faringite pelas vias aéreas.
Imunidade
baixa
Ter resistência imunológica baixa torna uma pessoa suscetível a
diversas doenças, de modo geral. Causas comuns da baixa imunidade são infecção
por HIV, diabetes, estresse, fadiga e má alimentação.
Sintomas de Faringite
Os sintomas da faringite são de fácil identificação, mas são
igualmente fáceis de serem confundidos com sintomas de outras inflamações que
acometem a garganta, como a laringite e a amigdalite. A dor de garganta é o
principal desses sintomas, mas outros também podem entrar para a lista:
- Dificuldades
     para engolir ou falar
- Garganta
     seca
- Voz
     rouca e abafada.
Os sintomas são semelhantes tanto na faringite viral quanto na
bacteriana. Em ambos os casos, a membrana mucosa que reveste a faringe pode
estar ligeira ou intensamente inflamada e coberta por machas brancas ou pus. A
febre, a inflamação dos gânglios linfáticos do pescoço e uma contagem elevada
de glóbulos brancos no sangue são típicos tanto da faringite viral como da
bacteriana, embora estes sintomas possam ser mais evidentes na forma
bacteriana.
Quando
procurar um médico?
A Academia Norte-Americana de Otorrinolaringologia sugere que um
médico seja procurado quando os seguintes sintomas começarem a surgir:
- Dores
     de garganta fortes e persistentes, por mais de uma semana
- Dificuldades
     para respirar, engolir e para abrir a boca
- Dores
     na face
- Dor
     de ouvido
- Febre
     alta
- Dor
     de garganta reincidente
- Nódulos
     no pescoço
- Voz
     rouca por mais de duas semanas
Na consulta médica
Na hora de conversar com o médico, é muito importante tirar
todas as dúvidas.
- Anote
     e faça perguntas ao médico. Procure saber sobre os exames que serão
     necessários, como é o tratamento, quais os efeitos colaterais, qual a
     expectativa de recuperação, etc.
- Descreva
     os sintomas e especifique quando estes surgiram.
- Dê
     informações sobre seu histórico médico e especifique quais medicamentos
     você está tomando e quais problemas de saúde você teve recentemente.
- Procure
     descrever também as possíveis causas de infecção, como um amigo ou parente
     que esteja com dores de garganta há algum tempo.
O que
esperar do médico?
Médicos gostam de fazer perguntas. Na verdade, eles o fazem
porque precisam do máximo de informações possíveis para poder fazer o
diagnóstico. Por isso, é sempre bom estar preparado para responder às perguntas
que o médico fará. Veja exemplos:
- Quando
     você começou a sentir os sintomas?
- Qual
     o possível motivo pelo qual você começou a sentir os sintomas? Existe
     alguma outra causa possível?
- Entre
     os sintomas você também apresentou febre?
- Tem
     problemas para respirar?
- Tem
     dificuldades para engolir?
- Há
     alguma coisa que ajude a amenizar os sintomas?
- Você
     já teve esses sintomas alguma vez?
- Você
     fuma?
- Tem
     alergias? Toma remédios para alergias?
- Tem
     alergias a algum medicamento específico?
Lembre-se: os cuidados não devem ficar somente dentro do
consultório médico. Em casa é importante fazer repouso e alimentar-se
adequadamente, procurando ingerir alimentos mais leves e que não causem mais
danos à garganta. Fazer uso de medicamentos que não precisam de prescrição
médica também é uma alternativa para aliviar o desconforto.
Diagnóstico
de Faringite
Dores de garganta, dificuldade para engolir e febre não são
sintomas exclusivos da faringite, por isso o médico deverá realizar
procedimentos específicos para fazer o diagnóstico. No primeiro deles, aplicado
tanto em crianças quanto em adultos, o médico utiliza um instrumento para
analisar a garganta e, eventualmente, os ouvidos e as vias aéreas também.
Trata-se de um exame físico, em que o especialista também poderá querer avaliar
os batimentos cardíacos do paciente.
Outro exame que o médico poderá fazer é também bem simples. Com
o auxílio de um instrumento fino, semelhante a um cotonete, ele retirará
amostras de secreção de dentro da garganta do paciente doente para enviá-las a
um laboratório especializado em doenças causadas por bactérias do estreptococo,
causadora da faringite bacteriana. Os resultados saem em apenas alguns minutos.
Se o resultado for positivo, então o paciente é diagnosticado com faringite
bacteriana. Se for negativo, a faringite é viral.
O diagnóstico pode ser feito, ainda, por outros dois
procedimentos: hemograma e testes alergênicos. O primeiro produz uma contagem
completa dos diferentes tipos de células presentes no sangue do paciente
doente. Dependendo do resultado, é possível saber se a faringite foi causada
por vírus ou por bactéria.
Se o médico suspeitar que a causa foi uma alergia, ele poderá
lhe encaminhar para um alergologista, que solicitará exames específicos.
Tratamento de Faringite
Faringite causada por vírus geralmente não demanda muitos
cuidados nem um tratamento específico. Além disso, a inflamação desaparece de
cinco a sete dias, em média.
No entanto, para a faringite bacteriana, é necessário consultar
um médico para saber também qual o melhor tratamento disponível para cada caso.
Geralmente, ele é feito à base de antibióticos e analgésicos.
Medicamentos
para Faringite
Os medicamentos mais usados para o tratamento de faringite são:
- Androfloxin
- Arflex
- Astro
- Azitromicina
- Benalet
- Bi
     Profenid
- Broncho-Vaxom
- Ceclor
- Cefaclor
- Cefadroxila
- Cefalexina
- Cetoprofeno
- Ceftriaxona Dissódica
- Ceftriaxona Sódica
- Cefanaxil
- Claritromicina
- Clindamin-C
- Clindamicina
- Diclofenaco Colestiramina
- Diclofenaco Resinato
- Doxiciclina
- Eritromicina
- Hexomedine
- Ibuprofeno
- Nimesulida
- Paracetamol
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado
para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga
sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não
interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo
mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as
instruções na bula.
Convivendo/ Prognóstico
Independentemente da causa da faringite, cuidados simples que
podem ser tomados em casa ajudam a aliviar os sintomas e a acelerar a
recuperação. Veja o que você pode fazer para conviver bem com essa inflamação:
- Descanse. Durma bastante
     e poupe sua voz
- Beba
     muito líquido. Você precisa manter sua garganta molhada para
     evitar desidratação e atenuar o desconforto causado pela faringite.
- Prefira
     os quentinhos. Alimentos e bebidas mornos podem trazer alívio à
     dor de garganta.
- Água
     com sal.
     Faça gargarejos com uma solução líquida de água e sal. Cinco gramas de sal
     para um copo d’água bastam. Essa medida ajuda a amenizar o desconforto
     também.
- Evite
     o ar seco.
     Utilize umidificadores de ar para tornar a respiração mais fácil. Ar seco
     pode causar ainda mais irritação à garganta danificada.
- Livre-se
     do cigarro.
     Se você fuma, é bom dar uma parada com o cigarro. Fumo pode prejudicar
     ainda mais a inflamação. Se você não fuma, mas convive com fumantes,
     procure evitar a fumaça.
Prevenção
Os germes que causam inflamações virais e bacterianas, a exemplo
da faringite, são contagiosos e algumas medidas simples podem evitar o
contágio:
- Lave
     bem as mãos, especialmente depois de usar o banheiro, comer, espirrar ou
     tossir. As mãos são portas para muitas doenças, por isso é sempre bom
     estar com elas limpas.
- Evite
     dividir copos e comidas.
- Se
     espirrar ou tossir, tome cuidado para não contaminar o ar. Use um lenço.
- Use
     álcool-gel para higienizar as mãos.
- Evite
     encostar a boca se for utilizar telefones públicos ou bebedouros.
- Limpe
     frequentemente telefones, controle remotos e teclados de computador.
- Evite
     contato muito próximo com pessoas que estejam doentes.
- Procure
     não sair de casa em dias muito secos. O índice de poluição nessas ocasiões
     costuma ser mais alto.
- Use
     uma máscara para fazer a limpeza. Isso evita que você inale partículas de
     poeira.
- Umidifique
     sua casa. Evite o ar seco. Fonte:minhavida
 

 
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