Como evitar que a dor abdominal chegue ao pico
Dor abdominal é um
problema comum, afinal quem nunca exagerou um pouco no almoço e ficou com
aquele desconforto depois? Ela pode estar associada a diversos problemas do dia
a dia, como má digestão e gases, por exemplo, e acabar causando
mal-estar o dia todo.
"Mas esse
sintoma também pode ser causado por patologias nos órgãos que ficam no abdômen
ou até mesmo quadros que se irradiam para a região", explica o
gastroenterologista Matheus Freitas Cardoso de Azevedo, da Rede de Hospitais
São Camilo, de São Paulo.
Por isso mesmo, quando você não
sabe qual a causa da sua dor
abdominal é
fundamental buscar um médico para entender se não há algo mais sério
acontecendo com o seu corpo.
Dores do dia
a dia
Dores abdominais causadas por
fatores mais corriqueiros podem ser medicadas, mas é preciso tomar cuidado para
não mascarar nenhum problema sério.
"Se as dores após as
refeições ou cólicas se repetem com muita frequência, é imprudente não
investigar e continuar apenas tomando remédios", alerta o cirurgião do
aparelho digestivo Elesiário Marques Caetano Jr., do Hospital Alemão Oswaldo
Cruz.
Mas se a sua opção é reduzir a
dor, mesmo que seja antes de ir ao médico, saiba que você não precisa deixá-la
chegar ao pico para entrar com o medicamento. Tomar um medicamento no início
dos sintomas não traz problemas.
As opções são os antiespasmódicos,
principalmente no caso das cólicas, tanto para mulheres quanto para homens,
além dos analgésicos para dores em geral. Os anti-inflamatórios também podem
ser usados em casos de cólicas menstruais.
"Além de agir na dor, o
anti-inflamatório reduz um pouco o sangramento", explica a ginecologista
Aparecida Monteiro, membro da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de
Janeiro (SGORJ).
Como
diferenciar
Nos casos de dores abdominais
corriqueiras, a alimentação normalmente está muito envolvida. Azevedo explica
que alimentos muito gordurosos ou com alto poder de fermentação (como feijão,
brócolis, lentilhas e outros itens ricos em fibras) têm o poder de aumentar os
gases e a constipação intestinal, causando esse sintoma.
De modo geral, uma pessoa que
conhece bem seu corpo sabe quando esse tipo de dor vai aparecer, ainda mais se
for por questões alimentares: normalmente, sintomas como abdômen estufado e um
desconforto inicial antes da dor propriamente dita são notados.
No entanto, antes de fazer o
uso regular do medicamento, é importante conversar com um médico, já que alguns
remédios podem causar problemas quando tomados excessivamente, observa
Aparecida.
Orientações
O ideal é sempre tomar o
medicamento no começo da dor e seguir as orientações da bula ou do médico que o
receitou. "O médico é um fator importante ao se medicar uma dor abdominal,
pois ele conhece o histórico do paciente e saberá se o medicamento pode ter
algum efeito diferencial naquela pessoa", considera Azevedo.
Ingerir álcool quando se está
com dor abdominal e tomando medicamentos também não é uma boa ideia. "O
álcool é sempre uma prioridade na hora da digestão, o que impede que o
medicamento seja absorvido da forma como deveria", ensina Caetano Jr. No
final das contas, isso pode fazer com que a atuação do medicamento não seja a
esperada e a dor continue.
Não ignore a
dor!
O mais importante ao se ter uma
dor abdominal recorrente é consultar um médico. Não fechar os olhos para a
situação impede que a dor chegue ao seu máximo com muita recorrência. Tratar e
diagnosticar a dor abdominal com rapidez também pode evitar que uma doença mais
grave se intensifique.
"Até infartos podem se
manifestar com dores abdominais", explica Azevedo. Portanto, não custa
salientar sempre que dores recorrentes merecem investigação. Fonte: minhavida
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