AFOGAMENTO
Afogamento é a quarta causa de
morte acidental em adultos e a terceira em crianças e adolescentes de todo o
mundo. No Brasil, as características do clima, a vasta rede hidrográfica e o
tamanho do litoral representam fatores de risco importantes para os
afogamentos.
Segundo dados levantados pela
Secretária da Saúde paulista, em 2010, só no Estado de São Paulo foram
registradas 931 mortes por afogamento.
O afogamento ocorre, em geral, por asfixia em virtude da aspiração de líquido,
que obstrui as vias aéreas e é responsável por alterações nas trocas gasosas, que levam à hipoxemia (insuficiência das taxas de oxigênio no sangue) e acidose metabólica.
O afogamento ocorre, em geral, por asfixia em virtude da aspiração de líquido,
que obstrui as vias aéreas e é responsável por alterações nas trocas gasosas, que levam à hipoxemia (insuficiência das taxas de oxigênio no sangue) e acidose metabólica.
A asfixia pode ser provocada
inicialmente por laringoespasmo, quando a pessoa, diante de uma situação de
afogamento, prende a respiração e debate-se de maneira descoordenada até que,
não conseguindo permanecer sem respirar, involuntariamente aspira grande
quantidade de água e encharca os pulmões. Em 10% a 15% dos casos de afogamento,
o espasmo é tão violento que impede a entrada não só de água, mas também de ar
e a morte ocorre em poucos minutos.
Causas e tipos
Afogamento primário – é
considerado um trauma provocado por uma situação inesperada que foge ao
controle da pessoa. Sabendo ou não nadar, ela pode ser arrastada pela
correnteza, por exemplo;
Afogamento secundário – ocorre
como consequência do consumo de drogas, especialmente de álcool (o álcool é a
principal causa de morte por afogamento em adultos), crises agudas de doenças,
como infarto do miocárdio, AVC e convulsões. Pode ocorrer também em razão de
traumatismos cranianos e de coluna decorrentes de mergulho em águas rasas,
hiperventilação voluntária antes dos mergulhos livres, doença da descompressão
nos mergulhos profundos, hipotermia e exaustão.
É importante considerar como
causa de afogamento secundário a “síndrome de imersão”, popularmente conhecida
como choque térmico. Ela pode ser desencadeada pela imersão em água com
temperatura muito abaixo da temperatura do corpo da pessoa que mergulha.
Algumas pesquisas revelam que o
risco de desenvolver essa síndrome diminui se, antes de entrar na água, a
pessoa molhar a face, a nuca e a cabeça.
Sintomas
Os sintomas variam de acordo
com a gravidade do caso, e estão associados ao tempo de submersão, à temperatura
da água, ao volume ingerido e ao comprometimento pulmonar. O paciente pode
perder a consciência ou não. Quando consciente, dá sinais de agitação.
Náuseas, vômitos, distensão
abdominal, dor de cabeça e no peito, hipotermia, espuma rosada na boca e no
nariz indicativa de edema pulmonar, sibilos, queda da pressão arterial, apneia
e parada cardiorrespiratória são outros sintomas possíveis.
Prevenção
Alguns cuidados são
fundamentais para diminuir o risco de afogamentos. O primeiro é evitar o
consumo de bebidas alcoólicas antes de entrar na água. O outro é não perder as
crianças de vista nos ambientes em que há água por perto. Especialmente aquelas
que não sabem nadar, devem usar boias e coletes salva-vidas o tempo todo. O
acesso a piscinas em residências e clubes deve ser dificultado pela colocação
de grades.
É indispensável que, tão logo atinjam a idade conveniente, as crianças aprendam a nadar.
É indispensável que, tão logo atinjam a idade conveniente, as crianças aprendam a nadar.
Tratamento
Os afogamentos podem ser
classificados clinicamente em diferentes graus segundo a condição de insuficiência
respiratória e, em geral, exigem internação hospitalar. No entanto, as manobras
de recuperação cardiorrespiratória (RCR) ou cardiopulmonar (RCP) para combater
a hipoxemia (insuficiência de oxigênio no sangue) devem começar imediatamente
no local do acidente, porque são essenciais para a recuperação e sobrevida do
paciente. Logo depois do resgate, portanto, é fundamental retirar as roupas
molhadas da vítima, elevar sua temperatura corporal se apresentar
hipotermia, proteger a coluna cervical quando houver suspeita de lesão e
iniciar a respiração boca a boca.
No hospital, as medidas
terapêuticas se voltarão para manter em boas condições o sistema respiratório e
o suporte cardiovascular, a fim de evitar lesões cerebrais por hipóxia que
podem ser irreversíveis.
Recomendações
* Seja razoável e valha-se do
seu bom senso, mesmo que saiba nadar bem. Não entre na água se tiver exagerado
um pouco nas bebidas alcoólicas, não mergulhe em águas cuja profundidade
desconhece, nem se aventure em mergulhos solitários e à noite;
* Lembre-se de que crianças
exigem cuidados redobrados, mesmo quando estiverem com boias, próximas de
pessoas conhecidas e num ambiente que lhes é familiar. É imperativo também que,
tão logo atinjam a idade conveniente, sejam ensinadas a nadar;
* Não tente segurar uma pessoa
que está se afogando. No desespero, ela pode arrastar você e colocar sua vida
em risco. Ofereça-lhe um objeto que possa ajudá-la a flutuar e sair da água.
Chame os bombeiros, tão logo seja possível, que têm treinamento especializado
nesse tipo de salvamento. Fonte: drauziovarella
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