Coceira anal pode indicar desde irritação na pele até doenças mais
graves
A coceira na região anal,
cuja terminologia médica denomina prurido anal, é uma queixa muito frequente,
sendo descrito desde os mais antigos manuscritos médicos. Acredita-se que a rica
inervação na região anal e perianal seja a razão para a sensibilidade aos
potenciais irritantes locais.
De maneira geral, o prurido
tende a ser mais a noite e é mais frequente nos homens. O atrito na região em
decorrência da coceira pode causar ferimentos e piorar ainda mais o sintoma.
Muitas vezes não há nenhum dano estrutural ou consequência mais grave por trás
da coceira
anal. Porém, o sintoma pode ser incrivelmente irritante e levar a considerável
perda na qualidade de vida.
Embora a coceira anal possa ser
causada por doenças específicas, como hemorroida, fissura
anal, constipação, diarreia e diabetes, a
maioria dos pacientes não apresenta alterações significativas, exceto as
alterações cutâneas. Exemplos de alterações cutâneas que causam prurido anal
são:
- Dermatites
alérgicas
- Micose
- Seborreia
- Oxiurose
- Psoríase
- Líquen
- Dermatite
actínica
- Dermatite
atrófica ou hipertrófica.
Entretanto, o
fator mais comum que resulta em prurido anal é a presença de resíduos de fezes
na margem anal e no canal anal, fato esse mais comum naqueles que possuem
alterações funcionais no esfínter anal, como hipertonia, hipotonia, dissinergia
e contrações paradoxais.
Os sinais de alerta para buscar
ajuda médica são sangramento, alteração do hábito intestinal e da forma das fezes,
emagrecimento, dor anal ou retal e a presença de muco ou pus. Caso perceba
alterações na forma e consistência da sua região anal, isso também deve levá-lo
a ser avaliado por um especialista. Entretanto, algumas medidas podem ser
adotadas para aliviar o desconforto antes de o paciente recorrer a avaliação
médica:
- Não
use o papel higiênico. Em último caso, use lenços umedecidos sem perfume e
sem álcool para higienizar o ânus
- Passe
a lavar-se com água após a evacuação
- Seque
adequadamente a região anal com toalha macia, sem fricção
- Use
roupas íntimas de algodão, evitando tecidos sintéticos
- Use
roupas frescas e arejadas em dias quentes
- Caso
não melhore, procure um médico coloproctologista.
Os melhores
resultados a longo prazo são obtidos com as medidas de higiene e mudanças na
dieta:
- Evite
café, refrigerantes do tipo cola, leite e derivados, bebidas alcoólicas,
tomate e molho de tomate do tipo ketchup, chocolate, castanhas e nozes.
Podem ser irritantes locais
- Não
fume
- Caso
constipado ou normal, alimente-se de fibras e água
- Lave-se
com água. Nos casos onde há uma ?sujeidade? persistente mesmo após a
higiene, faz-se necessário irrigar o canal anal com água. Você também pode
buscar em farmácias um sabonete específico para a região anal
- Quando
indicados, há tratamentos tópicos a base de corticoides, antimicóticos e
cremes cicatrizantes/de barreira.
Em casos intratáveis, pode-se
lançar mão da injeção intradérmica de azul de metileno 0,5%, biofeedback e até hipnose. Já as doenças específicas,
como hemorroidas, plicomas, DSTs e diabetes, devem ser tratadas caso a caso
como tal. Fonte: minhavida
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