Síndrome de Down: sintomas, tratamentos e causas
O que é Síndrome de
Down?
A trissomia 21, a
chamada síndrome de Down, é uma condição cromossômica causada por um cromossomo
extra no par 21. Crianças e jovens portadores da síndrome têm características
físicas semelhantes e estão sujeitos a algumas doenças. Embora apresentem deficiências
intelectuais e de aprendizado, são pessoas com personalidade única, que
estabelecem boa comunicação e também são sensíveis e interessantes. Quase
sempre o “grau” de acometimento dos sintomas é inversamente proporcional ao
estímulo dado a essas crianças durante a infância.
Normalmente, os
humanos apresentam em suas células 46 cromossomos, que vem em 23 pares.
Crianças portadoras da síndrome de Down têm 47 cromossomos, pois têm três
cópias do cromossomo 21, ao invés de duas. O que esta cópia extra de cromossomo
provocará no organismo varia de acordo com a extensão dessa cópia, da genética
familiar da criança, além de fatores ambientais e outras probabilidades.
A síndrome de Down
pode ocorrer em todas as raças humanas e efeitos semelhantes já foram encontrados
em outras espécies de mamíferos, como chimpanzés e ratos.
Causas
A trissomia 21 é um
acidente genético que ocorre no momento da concepção em 95% dos casos. Com o
avanço da idade materna existe uma maior probabilidade de gestar um bebê com
alterações cromossômicas como a Síndrome de Down, principalmente acima dos 35
anos de idade. Isso acontece pois os folículos que darão origem aos óvulos da
mulher já nasce com elas, e células mais velhas tem maiores chances de terem
erros durante seu processo de divisão, o que pode causar a presença de um
cromossomo a mais ou a menos nos óvulos.
Uma grávida de 30
anos tem 1 em 1.000 chance de ter um bebê Down. Aos 35 anos, as chances são de
1 em 400. Aos 40, 1 em 100, e aos 45 as chances são de 1 em 30. No entanto, mulheres
com menos de 35 anos também podem gestar uma criança com síndrome de Down.
Sintomas de
Síndrome de Down
Crianças com a síndrome de Down têm deficiências intelectuais e algumas
características físicas específicas. Elas têm olhos amendoados, devido às
pregas nas pálpebras e em geral são menores em tamanho. As mãos apresentam uma
única prega na palma, em vez de duas. Os membros são mais curtos, o tônus
muscular é mais fraco e a língua é protrusa, maior do que o normal.
Problemas de saúde e de aprendizado podem ocorrer, mas estes variam de
criança para criança. Cada portador da síndrome de Down é único, os sintomas e
sinais podem ser de moderados a severos.
Pessoas com síndrome de Down tem maior risco sofrer com alguns problemas
de saúde, como:
- Problemas
cardíacos congênitos
- Problemas
respiratórios
- Doença do refluxo esofágico
- Otites
recorrentes
- Apneia do sono
- Disfunções
da tireoide, daí o fato de serem propensas ao sobrepeso.
A deficiência intelectual, com dificuldades de aprendizado, sempre está
presente em graus diferentes de criança para criança.
Diagnóstico de
Síndrome de Down
Atualmente existem testes genéticos que podem identificar a
possibilidade de que o bebê tenha a síndrome de Down a partir da nona semana de
gravidez. Coleta-se uma amostra de sangue materno do qual são retirados
fragmentos de DNA fetal. O teste rastreia o DNA do bebê para procurar problemas
cromossômicos específicos. Os resultados são bastante confiáveis – 99,99% de
acerto, já comprovados em estudos clínicos.
Outros dois testes estão disponíveis para checar os cromossomos dos
bebês. Um é o teste do Vilo Coriônico (CVS), que pode ser realizado entre a
10ª. e a 12ª semana de gravidez. Outro é o teste de aminiocentese, que pode ser
feito a partir da 15ª semana de gravidez. Ambos os testes geram um risco para o
bebê, pois se tratam de um procedimento invasivo.
Depois do nascimento, o diagnóstico clínico é comprovado pelo exame do
cariótipo (estudo dos cromossomos), que também ajuda a determinar o risco de
recorrência da alteração em outros filhos do casal.
Tratamento de
Síndrome de Down
As limitações de uma criança com síndrome de Down são um desafio para os
pais desde o nascimento. Diversos aspectos contribuem para um desenvolvimento
satisfatório da criança portadora da síndrome, o que muitas vezes compreende a
intervenção de diversos profissionais. O médico assistente estará atento aos
problemas fisiológicos, especialmente os de ordem cardiológica e respiratória,
que podem causar preocupações na tenra idade. Muitas vezes é necessária a
intervenção de um cirurgião cardíaco para fixar problemas congênitos.
Geralmente a cirurgia não é complicada e tem grande índice de sucesso. A função
tireoidiana será sempre controlada e medicada quando necessário. Devido ao fato
de apresentarem redução do tônus dos órgãos envolvidos com a fala, será
necessário a intervenção de um profissional de fonoaudiologia, para garantir a
qualidade da comunicação e desenvolvimento da linguagem da criança.
O fator mais importante para garantir o bom desenvolvimento e convívio
social da criança com síndrome de Down é o bom ambiente familiar. Pais atentos
e bem informados, capazes de intervir desde cedo nos processos de aprendizagem,
nas práticas vocacionais, servindo-se da colaboração de profissionais
especializados quando necessário. O empenho individual dos pais, professores e
terapeutas pode produzir resultados positivos surpreendentes.
Ao final das contas, os cuidados com a criança com síndrome de Down não
são radicalmente diferentes daqueles que são prestados às crianças sem a
síndrome. É o mesmo carinhoso processo de ajudar a crescer, estimular a
independência, acompanhar o aprendizado, cuidar do viver diário com carinho e
amor, de forma natural e espontânea, aceitando e respeitando as limitações
individuais.
Complicações
possíveis
- Obstrução
das vias respiratórias durante o sono
- Trauma
por compressão da medula espinhal
- Endocardite
- Problemas
oculares
- Frequentes
infecções auditivas e maior risco de outras infecções
- Perda
da audição
- Problemas
cardíacos
- Obstrução
gastrointestinal
- Fraqueza
dos ossos da parte superior do pescoço.
Prevenção
Cerca de 1 em 800 bebês nascem com a síndrome de Down. Na maioria dos
casos, a síndrome acontece por acaso, é um acidente genético, portanto é
difícil prevenir o problema. Não há culpados e não há nada que se possa fazer,
antes ou durante a gravidez, que possa causar ou prevenir a síndrome de Down.
Atualmente, através da fertilização in vitro (FIV) pode-se escolher embriões
livres da mutação genética, o processo é chamado de diagnóstico genético pré-implantacional
(PGD). Casais que se submetem a FIV tem essa opção preventiva na qual já são
transferidos para o útero materno embriões sabidamente normais. Fonte:
minhavida
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