Você sabe o que é a eritoblastose fetal?
O nome é difícil,
mas vale a pena conhecê-lo, porque indica coisa séria. A eritoblastose fetal é
uma doença que ocorre quando a mãe desenvolve anticorpos contra o sangue
do bebê. Isso acontece porque uma das determinações do tipo sanguíneo é o fator
Rh. Algumas pessoas tem o Rh no sangre, sendo as Rh positivas, e outras não, as
Rh negativas. O problema é que as pessoas Rh negativas, se entram em contato
com sangue Rh positivo, desenvolvem anticorpos contra esse fator, os anti-Rh.
E quando mulheres
Rh negativas têm um bebê Rh positivo, seus sangues podem entrar em contato no
momento do parto ou em outra situação, fazendo com que ela comece a produzir
esse anticorpo. Assim, quando ela tiver outro bebê Rh positivo, a gestação se
torna perigosa para essa criança, pois em qualquer momento que o sangue da mãe
e do bebê se encontrarem, o organismo materno começará a atacar o feto. Isso
provoca anemia no bebê ainda na barriga, algo perigoso para sua saúde.
Como age a vacina
A vacina anti-Rh
não é eficaz se já houve sensibilização. Portanto, é essencial que seja dada a
qualquer mulher com fator Rh negativo e cujo feto é ou pode ser Rh positivo,
sempre que existir um risco de conexão do sangue da mãe com o do bebê.
Há diretrizes para
a prática dessa vacina aqui no Brasil, mas muitas delas se baseiam nos
consensos norte-americanos, por este ser um dos paises que mais produz ciência.
Essas recomendações podem diferir em outros países e entre os diversos serviços
médicos acadêmicos.
Todas as mulheres
grávidas Rh negativo devem ser submetidas a exame de anticorpos na primeira
visita pré-natal de cada gravidez. O exame de sangue
é seguro e faz parte da bateria de exames rotineiros de pré-natal em nosso
país.
Todas as mulheres
grávidas Rh negativo devem ser submetidas a exame de anticorpos na primeira
visita pré-natal de cada gravidez. O exame de sangue é seguro e faz parte da
bateria de exames rotineiros de pré-natal em nosso país.
Existe também o
teste de DNA fetal livre, que pode determinar o fator Rh do feto sem riscos ao
bebê, pois analisa o código genético da criança que eventualmente circula no
sangue da mãe. Em alguns países europeus a determinação do Rh fetal é realizada
clinicamente em mulheres Rh negativas e administração de vacina pré-natal é
evitada no caso de um feto já sabidamente RH positivo. Mas esse exame ainda é
muito caro em nosso país.
Quando se deve
tomar a vacina
- Em casos em que já ocorre
aborto espontâneo (1,5 a 2% de risco de sensibilização) ou aborto induzido
(5% de risco de sensibilização)
- Casos de gravidez ectópica
- Após procedimentos
invasivos, como amniocentese, biópsia de vilo e coleta de sangue fetal (2%
de risco de sensibilização)
- Ameaça de aborto
- Quando já houve morte fetal
no segundo ou terceiro trimestre
- Em casos de trauma no
abdômen
- Quando houver hemorragia
pré-parto, no segundo ou terceiro trimestre (por exemplo, placenta prévia
ou descolamento)
- Mola hidatiforme, um tumor
benigno que se desenvolve no tecido placentário quando há problemas no
desenvolvimento da criança.
No pós-parto a
administração da vacina reduz muito o risco de a mãe aloimunizar. O normal é
que no pós-parto haja a administração da imunoglobulina dentro de 72 horas,
quando verificar-se que bebê é mesmo Rh positivo. Fonte: minhavida
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