Melasma: sintomas, tratamentos e causas
O que é Melasma?
Melasma é o surgimento de manchas escuras na pele, que
normalmente aparecem no rosto, mas pode ocorrer em outras áreas expostas ao
sol, como braços e colo. É mais comum em mulheres entre os 20 e 50 anos, porém
também pode afetar os homens. Quando surgem na gravidez, as manchas são
chamadas de cloasma
gravídico.
Sinônimos
Cloasma gravídico
Tipos
- Melasma
epidérmico: Quando há depósito aumentado de pigmento através da epiderme
(camada mais superficial da pele).
- Melasma
dérmico: Caracterizado pelo depósito de melanina ao redor dos vasos
superficiais e profundos.
- Misto: Quando
se tem excesso de pigmento na epiderme em certas áreas e na derme em
outras regiões.
Ainda há três tipos comuns de padrão facial de melasma, o malar
(maçãs do rosto), centrofacial (testa, bochechas, acima do lábio, nariz e
queixo) e mandibular, conforme a região em que aparece.
Causas
Não há uma única causa definida para o melasma, mas sabe-se que
ele está relacionado principalmente à exposição solar, mas também ao uso de
anticoncepcionais e algumas outras medicações, fatores hormonais, predisposição
genética, algumas doenças (ex: hepatopatias) e à gravidez. A
maior parte das pessoas com melasma possui um histórico de exposição diária ou
intermitente ao sol, embora também suspeita-se que o calor seja um fator
subjacente. É mais comum em mulheres, aproximadamente 90% dos casos, e àquelas
com tons de pele mais escuro tem mais probabilidade de apresentar a doença.
São diversos os fatores que podem desencadear o surgimento do
melasma, dentre eles:
- Exposição ao
sol, pois a luz ultravioleta estimula os melanócitos (que produzem os
pigmentos de cor da pele, a melanina). Apenas uma pequena quantidade de
exposição solar pode fazer com que o melasma retorne, mesmo em uma pessoa
que já o tratou anteriormente, e essa é uma das principais razões de
porque os casos aumentam no verão.
- Mudanças
hormonais causadas pela gravidez, uso de pílulas anticoncepcionais ou
repositores hormonais, além das endocrinopatias, como as doenças da
tireóide
- Produtos
cosméticos para o tratamento da pele que acabam por irritá-la podem piorar
os episódios de melasma.
Fatores de
risco
São vários e diversos os fatores que aumentam o risco da pessoa
contrair melasma, entre eles:
- Ser mulher,
pois elas representam aproximadamente 90% do total dos casos de melasma
conhecidos
- Ter um tom de
pele mais escuro, como as africanas e afrodescendentes, indianas,
hispânicas e asiáticas, pois são mais propensas a contrair melasma por
possuírem mais melanócitos ativos para a produção de melanina (pigmentação
da pele)
- Estar gestante
também contribui devido às alterações hormonais
- Algum familiar
direto já ter tido melasma
- Altas
temperaturas, exposição ao sol e período de verão
Sintomas de Melasma
Os sintomas do melasma são escurecimento de áreas da pele
expostas ao sol, majoritariamente no rosto. As cores variam de acordo com o tom
de pele da pessoa e o formato é irregular e, normalmente, simétrico, sendo
igual dos dois lados do rosto.
Buscando ajuda médica
Caso apareçam manchas na região do rosto ou pescoço a pessoa
deve procurar imediatamente um dermatologista para verificar o que está
acontecendo. Mesmo que seja um caso recorrente de melasma, é importante
verificar com o especialista o tipo e tratamento adequado para este momento. O
melasma não é cancerígeno, mas manchas na pele podem ter diversos significados.
Na consulta
médica
Ao aparecimento de manchas no rosto e corpo é sempre importante
procurar um dermatologista para verificar. Estar preparado para a consulta pode
facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar ao
consultório com algumas informações:
- Uma lista com
todas as manchas e há quanto tempo elas apareceram
- Se já teve
outros episódios de melasma, informar quando foi a primeira vez e a data
dos últimos tratamentos
- Histórico
médico, incluindo outras condições que tenha e medicamentos ou suplementos
que tome com regularidade
O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
- Com qual
frequência você se expõe ao sol e por quanto tempo?
- Costuma usar
protetor solar? Qual FPS?
- Já teve outros
episódios de melasma anteriormente? Como foi tratado?
- Algum parente
próximo (pais e/ou irmãos) já teve melasma?
- Já fez ou faz
tratamentos com hormônios?
- Usa pílula
anticoncepcional?
- Está grávida ou
com suspeita de gravidez?
É importante levar suas dúvidas para a consulta por escrito,
começando pela mais importante, pois isso garante que você conseguirá respostas
para todas as perguntas relevantes antes da consulta acabar. E caso tenha uma
dúvida nova durante o atendimento ou tratamento, não hesite em perguntar ao
profissional.
Diagnóstico
de Melasma
O dermatologista normalmente faz o diagnóstico de melasma
reconhecendo a sua aparência típica de manchas na face. Uma luz negra (lâmpada
de Wood) também pode ser utilizada para ajudar no diagnóstico. É mais comum que
seja diagnosticado o tipo misto de melasma e muito raramente é necessário uma
biópsia da pele para excluir outras causas para a hiperpigmentação no local.
Tratamento de Melasma
Os tratamentos para melasma variam, mas é importante que o
paciente sempre se proteja contra os raios ultravioleta e a luz visível, além
de procedimentos para o clareamento e uso de medicamentos tópicos e/ou orais.
Para iniciar o tratamento é necessário cuidar da proteção contra
os raios solares, e, para isto, se deve aplicar um bom protetor solar com fator
de proteção (FPS) mínimo de 30 nas regiões expostas do corpo. É importante que
o paciente dê preferência para os que oferecem proteção contra os raios
ultravioleta A (UVA) e ultravioleta B (UVB). O filtro ajuda a estabilizar os
benefícios do tratamento.
Para ajudar na remoção das manchas podem ser utilizados cremes
clareadores a base de hidroquinona, ácido glicólico, ácido retinóico, ácido
azelaico, entre outras substâncias, e, os resultados demoram cerca de dois
meses para aparecer. O método não funciona em todos os pacientes e, mesmo que
os resultados apareçam mais rapidamente, é necessário tempo para estabilizar a
condição e impedir que a mínima exposição ao sol traga os sintomas de volta. O
tratamento será constante/contínuo.
Ainda é possível que o paciente e o dermatologista optem por
tratar a doença com o uso do peeling, que pode
clarear a pele de forma gradual e, muitas vezes, mais rapidamente que os
cremes. Contudo, é bom se atentar para a profundidade do procedimento,
lembrando que os mais superficiais são mais seguros que os profundos e o
dermatologista poderá dizer qual é a forma mais adequada caso a caso.
Também existe a possibilidade de usar laser ou outras formas de
energia luminosa para ajudar no processo, mas o profissional tem que ser
reconhecido na técnica e ela deve ser a mais adequada para o caso. Se não for a
mais recomendada ou não for aplicada corretamente, o procedimento pode gerar
ainda mais manchas na pele do paciente.
Se depois de iniciar o tratamento do melasma o paciente notar
que a pele escureceu, está irritada ou apresentou algum outro problema deve-se
contatar o dermatologista o quanto antes.
Medicamentos
para Melasma
Os medicamentos mais usados para o tratamento de melasma são:
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado
para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga
sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não
interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo
mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as
instruções na bula.
Convivendo/ Prognóstico
Apesar do melasma poder ser uma doença crônica com períodos que
aparece e outros que desaparece, o prognóstico para a maior parte dos casos é
bom. Como ele se desenvolve devagar, o clareamento também tende a ser lento,
baseando-se sempre na estabilização dos benefícios já alcançados.
Na grande maioria dos casos que não tiveram sucesso no
tratamento, a razão foi porque o paciente continuou se expondo ao sol sem os
devidos cuidados ou de forma excessiva.
Tratando corretamente e tomando todos os cuidados diariamente é
possível que os episódios de melasma não voltem a se repetir, apesar da doença
ainda não ter cura.
Complicações
possíveis
Corretamente tratado, com o dermatologista, o melasma não
apresenta complicações referentes à doença, apesar dele poder demorar um pouco
para começar a clarear e pode ser uma doença recorrente (crônica).
Expectativas
Após o aparecimento do melasma, o paciente pode esperar que ele
demore alguns meses para começar a regredir, e mesmo depois de clareado é
necessário continuar com um tratamento de manutenção recomendado pelo
dermatologista. Mesmo assim, como ainda não há cura para o melasma, as manchas
podem voltar à pele depois de algum tempo.
O mais importante no caso do melasma, é evitar a exposição solar
e sempre usar bons protetores solares com o mínimo de FPS 30. Como a pele se
torna mais sensível, é bom sempre atentar para a qualidade dos cremes e
maquiagens que usará daí por diante, uma vez que irritações também podem
interferir no melasma.
Também pode ser necessário rever o uso de hormônios como
repositores ou para controle de natalidade. É importante seguir as
recomendações médicas caso a caso, no mais, a doença não traz grandes
complicações para a vida do paciente.
Prevenção
O uso de protetor solar diariamente é importante para todas as
pessoas, mas para aquelas que sabidamente têm tendência a adquirir o melasma ou
se enquadram nos fatores de risco os cuidados devem ser ainda maiores. O
principal da prevenção é evitar a exposição ao sol e sempre usar um bom
protetor solar no rosto e demais áreas expostas. A aplicação deve acontecer
várias vezes ao dia com a finalidade de evitar o estímulo para produção de
pigmento. Se a pessoa já apresentou os sintomas ou sabe-se que tem grande
tendência a desenvolver melasma, ela ainda pode conversar com os médicos para,
se possível, evitar pílulas anticoncepcionais e reposição de hormônios. Fonte:
minhavida
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