Alface, rúcula, agrião e acelga são aliados da dieta e ricos em
nutrientes
A salada verde
deveria fazer parte das refeições de todas as pessoas, pois as folhas, além de
fornecerem vitaminas, minerais e outros
componentes bioativos que trazem benefícios para o nosso organismo, possuem
alto teor de água que hidratam o corpo e são ricas em fibras. Estas ajudam no
funcionamento do intestino, aumentam a saciedade, diminuem a absorção da
gordura dos alimentos e o índice glicêmico da refeição. Ou seja, alteram a
velocidade de absorção dos carboidratos que por serem absorvidos lentamente
prolongam a saciedade. Além disso, as folhas apresentam baixa caloria,
contribuindo assim para a perda de peso.
No entanto, uma boa
porção de salada pode engordar mais do que uma refeição completa se for
utilizado um molho cremoso muito gorduroso. Algumas sugestões saborosas e pouco
gordurosas são: vinagre balsâmico misturado com um pouco de azeite, ervas e
suco de limão, laranja com alecrim, molho de salsinha com vinagre, etc.
A alface é sem
sombra de dúvidas o ingrediente mais popular das saladas. Seu consumo vem
aumentando a cada dia devido à preocupação das pessoas com a saúde e com o
controle do peso.
Benefícios do
alface
A folha de alface,
além das fibras, contém quantidades razoáveis de betacaroteno, vitamina B1, B2,
folato, vitamina C e também dos minerais: cálcio, ferro e potássio. No entanto,
as quantidades variam consideravelmente de um tipo para outro. Cada 100 gramas
de alface (1 prato raso de folhas) contém cerca de 13 kcal e por isso pode ser
consumida à vontade. A alface possui propriedades calmantes, apresenta funções
laxantes e diuréticas e contribui para a saúde do coração. Além disso, a alface
é uma boa fonte de potássio, que contribui na redução da pressão arterial, outro
fator de risco para doenças cardíacas.
No geral, os vegetais de coloração
mais escura e intensa apresentam mais betacaroteno e vitamina C que as
variedades mais claras. A vitamina C e o betacaroteno são antioxidantes que
evitam a oxidação do colesterol. Quando o colesterol é oxidado se acumula nas
paredes das artérias formando placas que bloqueiam o fluxo sanguíneo, causando
um ataque cardíaco ou derrame. Além disso, as fibras fazem uma ligação com os
sais biliares e remove-as do corpo. Isto obriga o organismo a produzir mais
bile e consequentemente elimina mais colesterol do corpo. Assim, a alface e
outras folhas ajudam a diminuir os níveis elevados de colesterol.
Benefícios da
rúcula
A rúcula, membro da
mesma família do brócolis, repolho e outros vegetais crucíferos, também possui
um perfil nutricional bastante atrativo. Ela é boa fonte de betacaroteno,
vitamina C, vitamina K e minerais como o potássio, ferro, manganês, magnésio,
zinco e cobre. Por conter pouquíssima caloria (17 kcal em cada 100 g) a rúcula
também pode ser consumida à vontade. Além disto, suas folhas apresentam
propriedades digestivas, diuréticas e são amplamente reconhecidas como um
potente alimento anticâncer, pois apresentam diversos fitoquímicos, que
desempenham um papel antioxidante vital no corpo. Eles ajudam a livrar o corpo
de toxinas e substâncias cancerígenas.
Benefícios do
agrião
O agrião, outro vegetal
crucífero, também está entre os mais nutritivos. É riquíssimo em antioxidantes,
bioflavonóides e outras substâncias que protegem contra certos tipos de câncer,
principalmente os do aparelho digestivo. Este vegetal é também uma boa fonte de
betacaroteno (precursor da vitamina A) e vitamina C, antioxidantes que protegem
contra danos nas células provocados por radicais livres, moléculas instáveis
produzidas durante o uso do oxigênio pelo organismo. Além de vitaminas, contém
boas quantidades dos minerais: ferro, magnésio, potássio e é uma excelente
fonte natural de cálcio.
Benefícios da
acelga
A acelga é um
alimento muito nutritivo de baixa caloria, com boa quantidade de vitamina K,
magnésio e potássio, como também contém vitamina E, vitamina A, C, e ferro. Seu
consumo está associado a um menor risco de doenças cardíacas e certos tipos de
câncer. A vitamina K fornecida em alta quantidade na acelga é essencial para a
coagulação sanguínea e manutenção da saúde óssea.
O magnésio é um
bloqueador natural de cálcio que evita o excesso deste nas células nervosas e,
portanto, a ativação do nervo. A ativação dessas células leva à contração
excessiva, resultando em condições como cãibras musculares, dor, fadiga,
pressão arterial alta, enxaquecas e espasmos musculares.
A vitamina A,
vitamina C, cálcio e magnésio contribuem na manutenção de ossos fortes e
saudáveis e ajudam a prevenir a osteoporose, doença causada pela inadequada
ingestão de cálcio na dieta. A doença está associada a uma perda gradual da
densidade óssea, o que aumenta o risco de fraturas. Desta forma, a acelga
contribui na manutenção de ossos saudáveis, controle da frequência cardíaca e
pressão arterial, relaxamento dos nervos e na coagulação sanguínea.
Benefícios das
endívias
As endívias, assim
como as outras folhas, também são boas fontes de fibras, potássio, magnésio,
betacaroteno, vitamina C, folatos e vitamina E. Contém apenas 17 calorias em
cada 100 gramas, podendo ser consumidas a vontade. A vitamina E é importante na
prevenção de câncer, ajuda a diminuir a gravidade e frequência dos calores em
mulheres que atravessam a menopausa e desempenham um papel importante na
prevenção de doenças cardiovasculares.
Como consumir
Por todos os
benefícios que estas verduras têm para a nossa saúde e também porque contêm
poucas calorias e muitas fibras, devemos incluir a alface, rúcula, agrião,
acelga e endívia em nossa alimentação. As vantagens do consumo das folhas não
são facilmente encontradas nos demais alimentos, por isso, é aconselhável a
ingestão destas em sua forma crua, já que o cozimento elimina uma parte
dos nutrientes.
Não existe uma
quantidade recomendada de cada tipo de folha, mas o consumo diário e rotativo
das folhas é necessário. O ideal seria o consumo de metade de um prato de
salada na hora do almoço e outro no jantar, totalizando 100 gramas de folhas
variadas diariamente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo
mínimo de 400 gramas de vegetais entre verduras, legumes e frutas por dia. Tal
recomendação visa reduzir o risco de desenvolvimento de doenças e também a
prevenção e correção de várias deficiências de micronutrientes. Fonte:
minhavida
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