Câncer do colo do
útero
O câncer do colo do útero,
também chamado de cervical, é causado pela infecção persistente por alguns
tipos (chamados oncogênicos) do Papilomavírus Humano - HPV. A infecção
genital por este vírus é muito frequente e não causa doença na maioria das
vezes. Entretanto, em alguns casos, podem ocorrer alterações celulares que
poderão evoluir para o câncer, Estas alterações das células são descobertas
facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolaou), e são
curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso é importante a
realização periódica deste exame.
É o terceiro tumor mais frequente
na população feminina, atrás do câncer de mama e do colorretal, e a quarta
causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Prova de que o país avançou na
sua capacidade de realizar diagnóstico precoce é que na década de 1990, 70% dos
casos diagnosticados eram da doença invasiva. Ou seja: o estágio mais agressivo
da doença. Atualmente 44% dos casos são de lesão precursora do câncer, chamada in
situ. Esse tipo de lesão é localizada.
Estimativas
de novos casos: 16.340
(2016 - INCA)
Número
de mortes: 5.430 (2013 -
SIM)
Atenção: A
informação existente neste portal pretende apoiar e não substituir a consulta
médica. Procure sempre uma avaliação pessoal com um médico da sua confiança.
Prevenção
A prevenção primária do câncer
do colo do útero está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo
papilomavírus humano (HPV). A transmissão da infecção pelo HPV ocorre por via
sexual, presumidamente através de abrasões microscópicas na mucosa ou na pele
da região anogenital. Consequentemente, o uso de preservativos (camisinha)
durante a relação sexual com penetração protege parcialmente do contágio pelo
HPV, que também pode ocorrer através do contato com a pele da vulva, região
perineal, perianal e bolsa escrotal.
Os principais fatores de risco
estão relacionados ao início precoce da atividade sexual e múltiplos parceiros.
Deve-se evitar o tabagismo (diretamente relacionado à quantidade de cigarros
fumados) e o uso prolongado de pílulas anticoncepcionais, hábitos também
associados ao maior risco de desenvolvimento deste tipo de câncer.
Vacinação contra o HPV
O Ministério da Saúde
implementou no calendário vacinal, em 2014, a vacina tetravalente contra o HPV
para meninas de 9 a 13 anos de idade. Esta vacina protege contra os subtipos 6,
11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois
últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.
A vacinação, em conjunto com o
exame preventivo (Papanicolaou), se complementam como ações de prevenção deste
câncer. Mesmo as mulheres vacinadas, quando alcançarem a idade preconizada (a
partir dos 25 anos), deverão fazer o exame preventivo periodicamente, pois a
vacina não protege contra todos os subtipos oncogênicos do HPV.
Detecção Precoce
Existe
uma fase pré-clínica (sem sintomas) do câncer do colo do útero, em que a
detecção de lesões precursoras (que antecedem o aparecimento da doença) pode
ser feita através do exame preventivo (Papanicolaou). Quando diagnosticado na
fase inicial, as chances de cura do câncer cervical são de 100%. Conforme a
evolução da doença, aparecem sintomas como sangramento vaginal, corrimento e
dor.
Exame Preventivo
O exame
preventivo do câncer do colo do útero (Papanicolaou) é a principal estratégia
para detectar lesões precursoras e fazer o diagnóstico da doença. O exame pode
ser feito em postos ou unidades de saúde da rede pública que tenham
profissionais capacitados. É fundamental que os serviços de saúde orientem
sobre o que é e qual a importância do exame preventivo, pois sua realização
periódica permite reduzir a mortalidade pela doença.
O exame preventivo é indolor, simples e rápido. Pode, no máximo, causar um pequeno desconforto que diminui se a mulher conseguir relaxar e se o exame for realizado com boa técnica e de forma delicada.
Para
garantir um resultado correto, a mulher não deve ter relações sexuais (mesmo
com camisinha) no dia anterior ao exame; evitar também o uso de duchas,
medicamentos vaginais e anticoncepcionais locais nas 48 horas anteriores à
realização do exame. É importante também que não esteja menstruada, porque a
presença de sangue pode alterar o resultado.
Mulheres
grávidas também podem se submeter ao exame, sem prejuízo para sua saúde ou a do
bebê.
Como é
feito o exame
• para a coleta do material, é introduzido um instrumento chamado espéculo na vagina (conhecido popularmente como “bico de pato”, devido ao seu formato);
• o profissional faz a inspeção visual do interior da vagina e do colo do útero;
• a seguir, o profissional promove a escamação da superfície externa e interna do colo do útero com uma espátula de madeira e uma escovinha;
• as células colhidas são colocadas numa lâmina para análise em laboratório especializado em citopatologia.
• para a coleta do material, é introduzido um instrumento chamado espéculo na vagina (conhecido popularmente como “bico de pato”, devido ao seu formato);
• o profissional faz a inspeção visual do interior da vagina e do colo do útero;
• a seguir, o profissional promove a escamação da superfície externa e interna do colo do útero com uma espátula de madeira e uma escovinha;
• as células colhidas são colocadas numa lâmina para análise em laboratório especializado em citopatologia.
Quem deve fazer e quando fazer o exame preventivo
Toda mulher que tem ou já teve vida sexual e que estão entre 25 e 64 anos de idade. Devido à longa evolução da doença, o exame pode ser realizado a cada três anos. Para maior segurança do diagnóstico, os dois primeiros exames devem ser anuais. Se os resultados estiverem normais, sua repetição só será necessária após três anos.
O que
fazer após o exame?
A mulher deve retornar ao local onde foi realizado o exame (ambulatório, posto ou centro de saúde) na data marcada para saber o resultado e receber instruções. Tão importante quanto realizar o exame é buscar o resultado e apresentá-lo ao médico.
A mulher deve retornar ao local onde foi realizado o exame (ambulatório, posto ou centro de saúde) na data marcada para saber o resultado e receber instruções. Tão importante quanto realizar o exame é buscar o resultado e apresentá-lo ao médico.
Resultado
Se o seu exame acusou:
• Negativo para câncer: se esse for o seu primeiro resultado negativo, você deverá fazer novo exame preventivo daqui a um ano. Se você já tem um resultado negativo no ano anterior, deverá fazer o próximo exame preventivo daqui a três anos;
• Infecção pelo HPV ou lesão de baixo grau: você deverá repetir o exame daqui a seis meses;
• Lesão de alto grau : o médico decidirá a melhor conduta. Você vai precisar fazer outros exames, como a colposcopia;
• Amostra insatisfatória: a quantidade de material não deu para fazer o exame. Você deve repetir o exame logo que for possível.
Além de
servir para a detecção de lesões precursoras do câncer do colo do útero e da
infecção pelo HPV, o Papanicolaou indica se você tem alguma outra infecção
que precisa ser tratada. Siga corretamente o tratamento indicado pelo
médico. Muitas vezes é preciso que o seu parceiro também receba tratamento.
Nesses casos, é bom que ele vá ao serviço de saúde receber as orientações
diretamente dos profissionais de saúde.
Tratamento
O tratamento para cada caso deve ser avaliado e orientado por
um médico. Entre os tratamentos mais comuns para o câncer do colo do útero
estão a cirurgia e a radioterapia. O tipo de tratamento dependerá do
estadiamento da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade e
desejo de ter filhos.
Sintomas
É uma doença de desenvolvimento lento que pode cursar sem
sintomas em fase inicial e evoluir para quadros de sangramento vaginal
intermitente ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal
associada a queixas urinárias ou intestinais nos casos mais avançados. fonte: inca
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