Diabetes
O que é
Diabetes?
O diabetes é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da
falta deinsulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos,
causando um aumento da glicose (açúcar) no sangue. O diabetes acontece porque o pâncreas não é capaz de
produzir o hormônio insulina em quantidade suficiente para suprir as
necessidades do organismo, ou porque este hormônio não é capaz de agir de
maneira adequada (resistência à insulina). A insulina promove
a redução da glicemia ao permitir que o açúcar que está presente no sangue
possa penetrar dentro das células, para ser utilizado como fonte de energia.
Portanto, se houver falta desse hormônio, ou mesmo se ele não agir
corretamente, haverá aumento de glicose
no sangue e, consequentemente,
o diabetes.
Tipos
Diabetes tipo 1
No diabetes tipo 1,
o pâncreas perde a capacidade de produzir insulina em decorrência de um defeito
do sistema imunológico, fazendo com que nossos anticorpos ataquem as células
que produzem a esse hormônio. O diabetes tipo 1 ocorre em cerca de 5 a 10% dos
pacientes com diabetes.
Pré-diabetes
A pré-diabetes é um termo usado para indicar que o
paciente tem potencial para desenvolver a doença, como se fosse um estado
intermediário entre o saudável e o diabetes tipo 2 - pois no caso do tipo 1 não
existe pré-diabetes, a pessoa nasce com uma predisposição genética ao problema
e a impossibilidade de produzir insulina, podendo desenvolver o diabetes em
qualquer idade.
Diabetes tipo 2
No diabetes tipo 2 existe uma combinação de dois fatores
- a diminuição da secreção de insulina e um defeito na sua ação, conhecido como
resistência à insulina. Geralmente, o diabetes tipo 2 pode ser tratado com
medicamentos orais ou injetáveis, contudo, com o passar do tempo, pode ocorrer
o agravamento da doença. O diabetes tipo 2 ocorre em cerca de 90% dos pacientes
com diabetes.
Diabetes Gestacional
É o
aumento da resistência à ação da insulina na gestação, levando aos aumento nos
níveis de glicose no sangue diagnosticado pela primeira vez na gestação,
podendo - ou não - persistir após o parto. A causa exata do diabetes gestacional ainda
não é conhecida.
Outros
tipos de diabetes
Esses
tipos de diabetes são decorrentes de defeitos genéticos associados a outras
doenças ou ao uso de medicamentos. Podem ser:
- Diabetes por defeitos genéticos da
função da célula beta
- Por defeitos genéticos na ação da
insulina
- Diabetes por doenças do pâncreas
exócrino (pancreatite, neoplasia, hemocromatose, fibrose cística etc.)
- Diabetes por defeitos induzidos por
drogas ou produtos químicos (diuréticos, corticoides, betabloqueadores,
contraceptivos etc.).
Perguntas frequentes
Meu exame de glicemia está acima dos 100
mg/dl. Estou com diabetes?
Não
necessariamente. O exame de glicemia do jejum é o primeiro passo para
investigar o diabetes e acompanhar a doença. Os valores normais da glicemia do
jejum ficam entre 75 e 110 mg/dL (miligramas de glicose por decilitro de
sangue). Estar um pouco acima ou abaixo desses valores indica apenas que o
indivíduo está com uma glicemia no jejum alterada. Isso funciona como um alerta
de que a secreção de insulina não está normal, e o médico deve seguir com a
investigação solicitando um exame chamado curva glicêmica, que define se o
paciente possui intolerância à glicose, diabetes ou então apenas um resultado
alterado.
Diabetes é contagioso?
O
diabetes não passa de pessoa para pessoa. O que acontece é que, em especial no
tipo 1, há uma propensão genética para se ter a doença e não uma transmissão
comum. Pode acontecer, por exemplo de a mãe ter diabetes e os filhos nascerem
totalmente saudáveis. Já o diabetes tipo 2 é uma consequência de maus hábitos,
como sedentarismo e obesidade, que também podem ser adotados pela família
inteira - explicando porque pessoas próximas tendem a ter a doença
conjuntamente.
Posso consumir mel, açúcar mascavo e caldo de
cana?
Apesar
de naturais, esses alimentos tem açúcar do tipo sacarose, maior vilã do
diabetes. Hoje, os padrões internacionais já liberam que 10% dos carboidratos
ingeridos podem ser sacarose, mas sem o controle e a compensação, os níveis de
glicose podem subir e desencadear uma crise. O paciente até pode consumir, mas
ele deve ter noção de que não pode abusar e compensar com equilíbrio na dieta.
Insulina causa dependência química?
A
aplicação de insulina não promove qualquer tipo de dependência química ou
psíquica. O hormônio é importante para permitir a entrada de glicose na célula,
tornando-se fonte de energia. Não se trata de dependência química e sim de
necessidade vital. O paciente com diabetes precisa da insulina para sobreviver,
mas não é um viciado na substância.
sintomas
Sintomas de Diabetes
Principais sintomas do diabetes tipo 1:
- vontade de urinar diversas vezes
- fome frequente
- sede constante
- perda de peso
- fraqueza
- fadiga
- nervosismo
- mudanças de humor
- náusea e vômito.
Principais sintomas do diabetes tipo 2:
- infecções frequentes
- alteração visual (visão embaçada)
- dificuldade na cicatrização de feridas
- formigamento nos pés e furúnculos.
diagnóstico
e exames
Diagnóstico de Diabetes
O
diagnóstico de diabetes normalmente é feito usando três exames:
Glicemia de jejum
A glicemia de jejum é
um exame que mede o nível de açúcar no seu sangue naquele momento, servindo
para monitorização do tratamento do diabetes. Os valores de referência ficam
entre 65 a 99 miligramas de glicose por decilitro de sangue (mg/dL). O que
significam resultados anormais:
- Resultados
entre 99 mg/dL e 140 mg/dL são considerados anormais próximos ao limite e
devem ser repetidos em uma outra ocasião
- Valores acima de 140 mg/dL já são
bastante suspeitos de diabetes, mas também devendo ser repetido em uma
outra ocasião
- Valores acima de 200 mg/dL são
considerados diagnósticos para diabetes.
Hemoglobina glicada
Hemoglobina glicada (HbA1c)
a fração da hemoglobina ( proteína dentro do glóbulo vermelho) que se liga a
glicose. Durante o período de vida da hemácia - 90 dias em média - a
hemoglobina vai incorporando glicose, em função da concentração deste açúcar no
sangue. Se as taxas de glicose estiverem altas durante todo esse período ou
sofrer aumentos ocasionais, haverá necessariamente um aumento nos níveis de
hemoglobina glicada. Dessa forma, o exame de hemoglobina glicada consegue
mostrar uma média das concentrações de hemoglobina em nosso sangue nos últimos
3 meses . Os valores da hemoglobina glicada irão indicar se você está ou não
com hiperglicemia, iniciando uma investigação para o diabetes. Valores normais
da hemoglobina glicada:
- Para as pessoas sadias: entre 4,5% e
5,7%
- Para pacientes já diagnosticados com
diabetes: abaixo de 7%
- Anormal próximo do limite: 5,7% e 6,4%
e o paciente deverá investigar para pré-diabetes
- Consistente para diabetes: maior ou
igual a 6,5%.
Curva glicêmica
O
exame de curva glicêmica simplificada mede a velocidade com que seu corpo
absorve a glicose após a ingestão. O paciente ingere 75g de glicose e é feita a
medida das quantidades da substância em seu sangue após duas horas da ingestão.
No Brasil é usado para o diagnóstico o exame da curva glicêmica simplificada,
que mede no tempo zero e após 120 minutos.Os valores de referência são:
- Em jejum: abaixo de 100mg/dl
- Após 2 horas: 140mg/dl
Curva
glicêmica maior que 200 mg/dl após duas horas da ingestão de 75g de glicose é
suspeito para diabetes.
A
Sociedade Brasileira de Diabetes recomenda como critério de diagnóstico de
diabetes mellitus as seguintes condições:
- Hemoglobina glicada maior que 6,5%
confirmada em outra ocasião (dois testes alterados)
- Uma dosagem de hemoglobina glicada
associada a glicemia de jejum maior que 200 mg/dl na presença de sintomas
de diabetes
- Sintomas de urina e sede intensas,
perda de peso apesar de ingestão alimentar, com glicemia fora do jejum
maior que 200mg/dl
- Glicemia de jejum maior ou igual a 126
mg/dl em pelo menos duas amostras em dias diferentes
- Glicemia maior que 200 mg/dl duas horas
após ingestão de 75g de glicose.
tratamento e cuidados
Tratamento de Diabetes
O
tratamento correto do diabetes significa manter uma vida saudável e o controle
da glicemia, a fim de evitar possíveis complicações da doença. Os principais
cuidados para tratar o diabetes incluem:
Exercícios
físicos
A atividade física é essencial
no tratamento do diabetes para manter os níveis de açúcar no sangue controlados
e afastar os riscos de ganho de peso. A prática de exercícios deve ser
realizadas de três a cinco vezes na semana. Há restrição nos casos de hipoglicemia,
principalmente para os pacientes com diabetes tipo 1. Dessa forma, pessoas com
a glicemia muito baixa não devem iniciar atividade física, sob o risco de
baixar ainda mais os níveis. Por outro lado, caso o diabetes esteja
descontrolado, com glicemia muito elevada, o exercício pode causar a liberação
de hormônios contra-reguladores, aumentando mais ainda a glicemia. Em todos os
casos, os pacientes com diabetes devem sempre combinar com seus médicos quais
são as melhores opções. Lembrando que o ideal é privilegiar atividades físicas
leves, pois quando o gasto calórico é maior do que a reposição de nutrientes
após o treino, pode haver a hipoglicemia.
Controle da dieta
Pessoas
com diabetes devem evitar os açúcares simples presentes nos doces e
carboidratos simples, como massas e pães, pois eles possuem um índice glicêmicomuito
alto. Quando um alimento tem o índice glicêmico baixo, ele retarda a absorção
da glicose. Mas, quando o índice é alto, esta absorção é rápida e acelera o
aumento das taxas de glicose no sangue. Os carboidratos devem
constituir de 50 a 60% das calorias totais ingeridas pela pessoa com diabetes,
preferindo-se os carboidratos complexos (castanhas, nozes, grãos integrais) que
serão absorvidos mais lentamente.
Quem tem diabetes também pode
sofrer com a hipoglicemia. Quando for praticar exercícios é importante
verificar o controle glicêmico antes do início da atividade, para então
escolher o melhor alimento - se a glicemia está muito baixa, é aconselhável dar
preferência aos carboidratos, assim como deve-se evitá-los se estiver alta. A
escolha do alimento depende também do tipo de exercício: exercícios aeróbicos
de grande duração (como corrida e natação) tendem a baixar a glicemia, sendo
necessária uma ingestão maior de alimentos.
Verificar a glicemia
Todos
os portadores de diabetes tipo 1 precisam tomar insulina diariamente, porém nem
todos os pacientes com diabetes tipo 2 necessitam dessas doses. No entanto, em
ambos os casos é importante fazer o autoexame para verificar sua glicose em
casa.
Para
fazer essa medida é necessário ter em casa um glicosímetro, dispositivo capaz
de medir a concentração exata de glicose no sangue. Existem diferentes tipos de
aparelhos. Normalmente, a pessoa fura o dedo com uma agulha pequena chamada
lanceta. Uma pequena gota de sangue aparece na ponta do dedo. Coloca-se o
sangue em uma tira reagente que é inserida no aparelho. Os resultados aparecem
em cerca de 30 a 45 segundos.
O médico ou outro profissional
que trabalhe com diabetes ajudará a definir um cronograma de testes feitos em
casa. O médico o ajudará a definir as metas relativas às taxas de glicose do
paciente, que deve se basear nos resultados dos testes para alterar as
refeições, suas atividades ou os medicamentos e, assim, manter os níveis de
glicose normalizados. Este procedimento pode ajudar a identificar as altas e as
baixas taxas de glicose no sangue antes que causem problemas.
Tipos de insulina
- Insulina
regular: é uma insulina
rápida e tem coloração transparente. Após ser aplicada, seu início de ação
acontece entre meia e uma hora, e seu efeito máximo se dá entre duas a
três horas após a aplicação.
- Insulina NPH: é uma insulina intermediária e tem
coloração leitosa. A sigla NPH que dizer Neutral Protamine Hagedorn, sendo
Hagedorn o sobrenome de um dos seus criadores e Protamina o nome da
substância que é adicionada à insulina para retardar seu tempo de ação.
Após ser aplicada, seu início de ação acontece entre duas e quatro horas,
seu efeito máximo se dá entre quatro a 10 horas e a sua duração é de 10 a
18 horas
- Análogo de
insulina: moléculas
modificadas da insulina que o nosso corpo naturalmente produz, e podem ter
ação ultrarrápida ou ação lenta. Existem alguns tipos de análogos
ultrarrápidos disponíveis no mercado brasileiro, são eles: Asparte, Lispro
e Glulisina. Após serem aplicados, seu início de ação acontece de cinco a
15 minutos e seu efeito máximo se dá entre meia e duas horas. São
encontrados também dois tipos de ação longa: Glargina e Detemir. A
insulina análoga Glargina tem um início de ação entre duas a quatro horas
após ser aplicada, não apresenta pico de ação máxima e funciona por 20 a
24 horas. Já o análogo Detemir tem um início de ação entre uma a três
horas, pico de ação entre seis a oito horas e duração de 18 a 22 horas.
- Pré-mistura: consiste de preparados especiais que
combinam diferentes tipos de insulina em várias proporções. Podem ser
90:10, ou seja 90% de insulina lenta ou intermediária e 10% de insulina
rápida ou ultrarrápida. Eles também pode ter outras proporções, como 50:50
e 70:30.
Aplicação da insulina
A
insulina deve ser aplicada diretamente no tecido subcutâneo (camada de células
de gordura), logo abaixo da pele. A espessura da pele gira em torno de 1,9 a
2,4 milímetros (mm) nos locais de aplicação da insulina.
As agulhas utilizadas podem ter 4, 5, 6 ou, no máximo, 8 mm. O ângulo de
aplicação varia em função da quantidade de gordura da área de aplicação do
paciente com diabetes. Por exemplo, no caso de uma pessoa magra e com pouca
gordura na região de aplicação, corre-se maior risco de atingir os músculos
quando se utiliza agulha mais longa e ângulo de aplicação de 90° em relação à
superfície da pele. Nesses casos, pode-se optar por uma agulha mais curta,
fazer uma prega cutânea (de pele) e aplicar em ângulo de 45°. Lembrando que a
prega na pele para quem tem diabetes é utilizada a fim de evitar que a agulha
atinja os músculos que se situam logo abaixo do tecido adiposo, pois nesse
local a insulina pode ser absorvida mais rapidamente. Deve haver um rodízio
entre os locais de aplicação, pois essa conduta diminui o risco de complicações
na região da aplicação, tal como a hipertrofia (pontos endurecidos abaixo da
pele) ou atrofia (depressões no relevo da pele ocasionado por perda de
gordura). O ideal é aguardar 20 a 30 dias para voltar a aplicar no mesmo ponto.
A distância entre dois pontos de aplicação deve ser de mais ou menos três
centímetros (dois dedos). No abdome, as insulinas podem ser absorvidas de forma
mais rápida do que nos braços e coxas. A escolha das agulhas pode seguir as
seguintes recomendações:
Para
os adultos
- Agulhas com 4, 5 ou 6 mm podem ser
usadas por adultos obesos e não obesos e, geralmente, não requerem a
realização de prega cutânea, especialmente para as agulhas de 4 mm
- Em geral, quando são usadas agulhas
curtas (4, 5 ou 6 mm), as aplicações deveriam ser feitas em ângulo 90°.
Contudo, quando a aplicação for realizada nos membros ou em abdomes
magros, uma prega cutânea pode ser feita para garantir que não haja
injeção intramuscular, mesmo com agulhas de 4 e 5 mm. Neste caso, as
injeções com agulha de 6 mm só deveriam ser usadas com a realização de uma
prega cutânea ou em ângulo de 45°
- Não há razão médica para usar agulhas
mais longas do que 8 mm.
Para
as criança e crianças e os adolescentes
- Agulhas com 4, 5 ou 6 mm podem ser
utilizadas. Não há razão médica para usar agulhas mais longas
- Crianças e adolescentes com diabetes
magros e aqueles que injetam em braços e pernas podem precisar fazer uma
prega cutânea, especialmente quando são usadas agulhas de 5 ou 6 mm.
Quando for usada uma agulha de 6 mm, a aplicação com ângulo de 45º pode
ser realizada no lugar da prega cutânea
- Para a maioria das crianças, exceto
aquelas muito magras, uma agulha de 4 mm pode ser inserida a 90º sem
necessidade de prega cutânea. Se apenas uma agulha de 8 mm estiver
disponível (que pode acontecer com usuários de seringas), realizar a prega
cutânea e, além disso, inserir a agulha em ângulo de 45º.
Para
as gestantes
- O aparecimento de ecmoses (manchas
roxas) é comum no local de aplicação de insulina
- As agulhas curtas (4, 5 ou 6 mm) podem
ser usadas pelas gestantes
- Quando apenas uma agulha de 8 mm
estiver disponível, a região do abdome deve ser evitada e a aplicação
realizada com a prega cutânea e em ângulo de 45°
- É prudente realizar a prega cutânea em
todos os locais de aplicação
- Para evitar complicações, recomenda-se
evitar a aplicação de insulina na região abdominal, especialmente ao redor
do umbigo, no último trimestre da gestação. Recomenda-se a aplicação de
insulina na região glútea (nádegas) para as gestantes magras. A região dos
flancos do abdome pode ser usada, também, desde que se faça a prega
cutânea.
Os
melhores locais para a aplicação de insulina são:
- Abdome (barriga)
- Coxa (frente e lateral externa)
- Braço (parte posterior do terço
superior)
- Região da cintura
- Glúteo (parte superior e lateral das
nádegas).
Passo-a-passo
no momento de aplicação da insulina:
- Separe todo do material: insulinas
prescritas, seringa, agulha, algodão e álcool
- Lave bem as mãos com água e sabão
- Em seguida, limpe os locais de
aplicação com algodão embebido em álcool. O ideal é utilizar uma nova
seringa e agulha em cada aplicação
- As insulinas NPH e as pré-misturas
devem ser suavemente misturadas, rolando o frasco entre as mãos
aproximadamente 20 vezes, sem agitar o frasco, até o líquido ficar leitoso
e homogêneo. Esse procedimento não é necessário para as insulinas
transparentes
- Limpe a tampa de borracha da parte
superior dos frascos com algodão embebido em álcool em um sentido único
- Aspire uma quantidade de ar para dentro
da seringa igual aquela prescrita mantendo a agulha tampada com a sua capa
de plástico
- Retire a capa da agulha e apoie o
frasco em uma superfície plana. Introduza a agulha através da tampa de
borracha do frasco de insulina e injete o ar que está dentro da seringa
para dentro do frasco
- Vire o frasco de cabeça para baixo e
aspire a quantidade de insulina prescrita. Se houver bolhas na seringa,
injetar a insulina de volta no frasco e repetir o procedimento
- Retire a agulha do frasco
- Limpe o local escolhido passando o
algodão embebido em álcool sobre a pele sempre em um único sentido. Após
passar o álcool, não aplicar a insulina até que a pele esteja
completamente seca
- Com a seringa entre os dedos, como se
fosse uma caneta, deve-se fazer um movimento rápido em direção à pele
(movimento de arremesso de um dardo) em ângulo de 90º ou 45º conforme
orientado. Fazer a prega cutânea quando necessário. Já a injeção da
insulina deve ser feita de maneira lenta. Aplicar a insulina na
temperatura ambiente ajuda a reduzir a dor durante a aplicação. O ideal é
retirar o frasco de insulina da geladeira 15 minutos antes da aplicação
- Retire a agulha da pele e pressione o
local suavemente com um algodão seco. Não se deve fazer massagem na região
de aplicação, pois isso pode aumentar o fluxo sanguíneo e alterar a absorção
da insulina. Tampe imediatamente a agulha com a capa para evitar
contaminação a acidentes
- O uso das canetas deve ser realizado de
acordo com as instruções do fabricante de cada uma delas. Seu uso deve ser
restrito a apenas um paciente. As agulhas devem ser imediatamente
desconectadas da caneta e descartadas após a aplicação e usadas apenas uma
vez para evitar contaminação e infecção. Após a aplicação da insulina,
conte até 10 (dez segundos) para retirar da agulha. Quando forem aplicadas
doses maiores, pode ser necessário contar até 20 segundos, a fim de evitar
que parte da insulina volte para a superfície da pele quando a agulha for
retirada. Essa contagem não é necessária para aplicação com seringas.
A
insulina regular deve ser aplicada preferencialmente no abdômen para aumentar a
taxa de absorção, enquanto a NPH deve ser aplicada, preferencialmente, nas
coxas ou nas nádegas, para retardar a absorção e reduzir o risco de
hipoglicemia. O aparecimento de ecmoses (manchas roxas) é comum no local de aplicação
de insulina. Elas são decorrentes do extravasamento de sangue quando vasos
sanguíneos são perfurados pela agulha.
Maneire no consumo de bebidas alcoólicas
O
consumo de álcool não é proibido, mas deve ser moderado e sempre acompanhado de
um alimento, pois o consumo isolado pode causar hipoglicemia. O que pode causar
enjoo, tremores pelo corpo, fome excessiva, irritação e dores de cabeça. Também
é importante fazer o monitoramento de glicemia antes e depois de consumir
bebidas alcoólicas. Cuidado com cervejas e bebidas doces ou à base de
carboidratos. Elas têm alto índice glicêmico e podem trazer problemas.
Evite saunas e escalda pés
O
diabetes afeta a microcirculação, lesionando as pequenas artérias (arteríolas)
que nutrem os tecidos, que atingem especialmente as pernas e os pés. Em função
desta alteração circulatória, os riscos de exposição às altas temperaturas e
aos choques térmicos podem agravar ou desencadear quadros de angiopatias e
outros problemas cardíacos. Além disso, o diabetes afeta a sensibilidade dos
pés, e a pessoa pode não perceber a água muito quente ao fazer escalda pés.
Aumente os cuidados com os olhos
As
células da córnea do paciente com diabetes não têm a aderência que se encontra
na maioria daqueles que não tem diabetes. Essa fragilidade é a porta de entrada
para uma série de infecções oportunistas e doenças como catarata e glaucoma.
Controle o estresse
Pessoas
com diabetes têm maiores chances de ter ansiedade e depressão. Os pacientes
podem sentir uma sensação de ansiedade em relação ao controle da hipoglicemia,
da aplicação de insulina, ou com o ganho de peso.
Corte o cigarro
Diabetes
e cigarro multiplicam em até cinco vezes o risco de infarto.
As substâncias presentes no cigarro ajudam a criar acúmulos de gordura nas
artérias, bloqueando a circulação. Consequentemente, o fluxo sanguíneo fica
mais e mais lento, até o momento em que a artéria entope. Além disso, fumar
também contribui para a hipertensão no paciente com diabetes.
Cuide da saúde bucal
A
higiene bucal após cada refeição para o paciente com diabetes é fundamental.
Isso porque o sangue dos portadores de diabetes, com alta concentração de
glicose, é mais propício ao desenvolvimento de bactérias. Por ser uma via de
entrada de alimentos, a boca acaba também recebe diversos corpos estranhos que,
somados ao acúmulo de restos de comida, favorecem a proliferação de bactérias.
Realizar uma boa escovação e ir ao dentista uma vez a cada seis meses é
essencial.
Medicamentos para Diabetes
Os
medicamentos mais usados para o tratamento de complicações de diabetes são:
- Azukon Mr
- Betatrinta
- Cinarizina
- Glifage
- Glifage XR
- Gliclazida
- Genfibrozila
- Metformina
- Meticorten
- Sinvastatina
Somente
um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como
a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações
do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem
consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito
maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.
convivendo
(prognóstico)
Complicações possíveis
Retinopatia diabética
Lesões
que aparecem na retina do olho, podendo causar pequenos sangramentos e, como
consequência, a perda da acuidade visual.
Arteriosclerose
Endurecimento
e espessamento da parede das artérias
Nefropatia diabética
Alterações
nos vasos sanguíneos dos rins que fazem com que ocorra uma perda de proteína
pela urina. O órgão pode reduzir a sua função lentamente, mas de forma
progressiva até a sua paralisação total.
Neuropatia diabética
Os
nervos ficam incapazes de emitir e receber as mensagens do cérebro, provocando
sintomas, como formigamento, dormência ou queimação das pernas, pés e mãos,
dores locais e desequilíbrio, enfraquecimento muscular, traumatismo dos pelos,pressão baixa,
distúrbios digestivos, excesso de transpiração e impotência.
Pé diabético
Ocorre
quando uma área machucada ou infeccionada nos pés de quem tem diabetes
desenvolve uma úlcera (ferida). Seu aparecimento pode ocorrer quando a
circulação sanguínea é deficiente e os níveis de glicemia são mal controlados.
Qualquer ferimento nos pés deve ser tratado rapidamente para evitar
complicações que podem levar à amputação do membro afetado.
Infarto do miocárdio e AVC
Ocorrem
quando os grandes vasos sanguíneos são afetados, levando à obstrução
(arteriosclerose) de órgãos vitais como o coração e o cérebro. O bom controle
da glicose, a atividade física e os medicamentos que possam combater a pressão alta,
o aumento do colesterol e a suspensão do tabagismo são medidas imprescindíveis de
segurança. A incidência desse problema é de duas a quatro vezes maior em
pessoas com diabetes.
SAIBA MAIS
Infecções
O
excesso de glicose pode causar danos ao sistema imunológico, aumentando o risco
da pessoa com diabetes contrair algum tipo de infecção. Isso ocorre porque os
glóbulos brancos (responsáveis pelo combate a vírus, bactérias etc.) ficam
menos eficazes com a hiperglicemia. O alto índice de açúcar no sangue é
propício para que fungos e bactérias se proliferem em áreas como boca e
gengiva, pulmões, pele, pés, genitais e local de incisão cirúrgica.
Hipertensão
Ela é
uma consequência da obesidade - no caso do diabetes tipo 2 - e da alta
concentração de glicose no sangue, que prejudica a circulação, além da
arteriosclerose que também contribui para o aumento da pressão.
Convivendo/ Prognóstico
Pacientes
com diabetes devem ser orientados a:
- Realizar
exame diário dos pés para evitar o aparecimento de lesões
- Manter uma alimentação saudável
- Utilizar os medicamentos prescritos
- Praticar atividades físicas
- Manter um bom controle da glicemia,
seguindo corretamente as orientações médicas.
prevenção
Prevenção
Pacientes
com história familiar de diabetes devem ser orientados a:
- Manter o peso normal
- Não fumar
- Evitar medicamentos que potencialmente
possam agredir o pâncreas
- Praticar atividade física regular. Fonte:
.minhavida
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