sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Sangramento gastrointestinal: tratamentos e causas
O que é Sangramento gastrointestinal?
Sangramento gastrointestinal é definido como a perda de sangue a partir de qualquer porção do trato gastro intestinal.
Tipos
Costuma-se dividir os sangramentos gastrointestinais em alto e baixo:
  • Sangramento gastrointestinal alto é todo sangramento proximal ao início do intestino delgado, incluindo esôfago, estômago e duodeno
  • Sangramento gastrointestinal baixo é aquele que ocorre no jejuno, íleo, intestino grosso, reto e ânus.
Causas
As causas mais comuns de sangramento gastrointestinal são:
  • Esofagite
  • Varizes esofagianas
  • Laceração de esôfago por náuseas
  • Gastrite
  • Úlceras
  • Neoplasias (câncer)
  • Pólipos
  • Malformações arteriovenosas
  • Divertículos de cólon
  • Pólipos
  • Gastroenterites
  • Fissuras
  • Hemorroida.
As causas menos comuns de sangramento gastrointestinal são:
  • Doenças inflamatórias intestinais
  • Divertículo de Meckel (divertículo congênito no íleo)
  • Lesão de Dieulafoy (malformação vascular gástrica)
  • Hemobilia
  • Hemosuccus pancreático
  • Fístula aorto-entérica
  • Colite isquêmica
  • Lesão intestinal causada por radiação.
Sintomas de Sangramento gastrointestinal
O sangramento gastrointestinal pode se apresentar de diversas formas como:
  • Vômitos ou evacuações com sangue ou com aspecto em borra de café
  • Sangue pingando do ânus após evacuar
  • Mesmo o sangue apenas tingindo o papel higiênico ao limpar-se.
Além disso, a perda de sangue no sangramento gastrointestinal pode ser crônica, em pequenas quantidades, de modo que só observaríamos os sintomas de anemia como fadiga, tonteira e palidez cutâneo-mucosa.
Buscando ajuda médica
Todo sangramento gastrointestinal deve ser avaliado por um médico. Este irá avaliar a idade do paciente, a forma como o sangramento se apresentou, a presença de outras comorbidades, o uso de medicamentos e o estado geral do paciente (se há anemia grave, queda na pressão arterial, entre outros) para determinar se terá necessidade de internação para suporte hemodinâmico, se há urgência na investigação diagnóstica, quais os exames pertinentes e qual será o tratamento adequado.
Diagnóstico de Sangramento gastrointestinal
O diagnóstico do sangramento gastrointestinal é feito com vários tipos de exames:
  • Exames laboratoriais que avaliam se há anemia ou algum distúrbio de coagulação
  • Endoscopia digestiva alta para avaliar esôfago, estômago e duodeno
  • Colonoscopia para investigar intestino grosso e reto
  • Cápsula endoscópica e enteroscopia para avaliar todo trato digestivo
  • Anuscopia para avaliar reto e ânus.
Podem ser usados também exames como tomografia computadorizada, ressonância magnética, cintigrafia e arteriografia.
Tratamento de Sangramento gastrointestinal
Entre os tratamentos medicamentosos para o sangramento gastrointestinal podemos citar os remédios para inibir a produção de ácido pelo estômago, como os antagonistas dos receptores anti-histamínicos H2 (por exemplo, ranitidina) e os inibidores de bomba de próton (como omeprazol e pantoprazol). Existem antiácidos que tamponam os ácidos do estômago e medicamentos que formam camada protetora que recobre as lesões de esôfago e estômago. No caso de sangramento por varizes de esôfago ou gástricas pode-se lançar mão de vasoconstrictores esplâncnicos como terlipressina, somatostatina e octreotide
Existem os tratamentos endoscópicos para sangramento gastrointestinal, em que se localiza a lesão e procede-se a injeção de substâncias que facilitam a coagulação dentro do vaso sanguíneo responsável pela hemorragia, a cauterização do vaso com corrente elétrica, o estrangulamento do vaso com endoloop (fio de nylon) ou clip metálico.
Em casos selecionados pode-se posicionar um cateter dentro do vaso sanguíneo, a partir de uma punção venosa profunda, e induzir a coagulação do vaso que está sangrando ou até mesmo retirar cirurgicamente a parte do órgão onde está acontecendo a hemorragia.
Expectativas
Dependendo da quantidade de sangue perdido no sangramento gastrointestinal, da velocidade com que essa perda ocorre e de fatores relacionados ao paciente (por exemplo, idade, doenças como coronariopatia) o paciente pode nem chegar a desenvolver anemia (com sangramentos discretos por fissura anal) ou até mesmo ter sua vida em risco (como no caso de pacientes com cirrose hepática e sangramento volumoso por varizes esofago-gástricas).
Prevenção

A prevenção é específica para cada causa. No caso de úlceras gástricas, deve-se evitar o uso inadequado de anti-inflamatórios. No caso das varizes secundárias a cirrose hepática, deve-se evitar consumo excessivo de álcool, sexo desprotegido, compartilhamento de lâminas de barbear ou escovas de dente, banho em águas contaminadas com Schistosoma mansoni, e deve-se fazer a vacinação para hepatite B. É importante um estilo de vida saudável para a prevenção de neoplasias. Fonte: minhavida

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