Terapia de reposição de nicotina: conheça os prós e contras desse
tratamento para parar de fumar
O que é a terapia de reposição de nicotina
A terapia de reposição de nicotina (TRN) fornece ao paciente dose
de uma das substâncias mais viciantes do cigarro sem o risco das outras
substâncias presentes nele que são mais nocivas, como o alcatrão e o monóxido
de carbono. Assim ajuda a reduzir as crises de abstinência, retirando a
nicotina aos poucos e ajudando no processo para parar de fumar.
Entre os métodos
disponíveis para a TRN, o que tem maior adesão é o adesivo de nicotina, por apresentar menos efeitos adversos e
desagradáveis. Mas existem também métodos como o chiclete de nicotina, a
pastilha de nicotina e o spray nasal de nicotina.
O cigarro eletrônico não é considerado um método da
terapia de reposição de nicotina, pois seu uso nem sempre prevê a retirada
gradual da substância, além de conter quantidades da substância maiores do que
o recomendado na TRN.
Para quem a terapia
de reposição de nicotina é indicada
Em geral a Terapia de Reposição de Nicotina é usada quando o paciente
tem alta dependência, ou seja, caso o paciente tenha pontuado acima de cinco em
teste específico, chamado de Teste de Fagerström, ou quando há histórico de
síndrome de abstinência quando a pessoa fica privada do fumo. No geral, o uso
dessa terapia em pessoas que fumam menos de 10 cigarros por dia é controverso,
mas precisa ser considerado caso a caso.
Como funciona a
terapia de reposição de nicotina
O método consiste em oferecer apenas a nicotina em quantidades bem
menores do que as oferecidas no cigarro, reduzindo gradualmente a quantidade
dada ao paciente, e assim controlando sua vontade de fumar enquanto ele reduz o
número de cigarros ou deixa totalmente de consumi-los.
No caso do adesivo, ele é colado na pele e libera nicotina gradualmente
ao longo de 24 horas, para depois ser trocado. Já o chiclete, a pastilha e
spray são usados pontualmente, o que permite que seja usada uma dose extra nos
momentos de fissura. Por isso mesmo, o mais comum é que se adote o adesivo de
nicotina aliado ao chiclete ou a pastilha. Mas o esquema mais adequado deve ser
orientado por um médico especialista em parar de fumar.
Resultados
esperados
Uma análise revisada em 2008 pelo Banco de Dados da Cochrane Collaboration
(renomada associação mundial de profissionais e pesquisadores de saúde) mostrou
que pessoas que usavam o adesivo de nicotina conseguiram se tornar abstinentes
do cigarro após seis meses, as chances foram de duas a três vezes maiores do
que os estudados que usavam placebos. Ele inclusive foi melhor do que o placebo
aliado ao suporte comportamental.
Vantagens e
desvantagens da terapia de reposição de nicotina
Qualquer terapia de reposição de nicotina tem como vantagem o fato de só
repor a nicotina, poupando o até então fumante de estar em contato com as
outras substâncias nocivas do tabaco (como o alcatrão, por exemplo), mas
reduzindo as crises de abstinência, já que a nicotina é reduzida gradualmente.
Não há risco de o paciente viciar no adesivo ou em qualquer outro método desse
tipo de terapia.
As desvantagens dependem do efeito colateral de cada um dos métodos
usados dentro da terapia de reposição de nicotina.
Efeitos colaterais
Os efeitos colaterais variam de acordo com o método de reposição
escolhido. Para saber mais sobre cada um deles, veja aqui:
Adesivo de nicotina
Chiclete de nicotina
Pastilha de nicotina
Spray nasal de nicotina
Adesivo de nicotina
Chiclete de nicotina
Pastilha de nicotina
Spray nasal de nicotina
Contraindicações
Por repor apenas a nicotina e em quantidades bem menores do que
encontramos no cigarro, não há graves riscos, já que ela é mais responsável
pelo vício por fumar do que pelos malefícios do tabagismo em si.
Justamente
por esse motivo, não há muitas contraindicações para às terapias de reposição
de nicotina, como o spray nasal de nicotina, pois continuar fumando é sempre
pior. Alguns especialistas alegam que mesmo pessoas com doenças cardíacas e
gestantes podem fazer uso desses recursos, até porque não há provas de que esse
tipo de tratamento cause problemas à saúde do feto.
Porém,
novos estudos têm mostrado a relação entre a nicotina e o câncer. Um
estudo publicado na revista científica PLoS One, em 2013 mostrou que a
substância pode alterar a expressão dos genes da células, tornando mais
provável o aparecimento da doença. Essas descobertas podem mudar as medidas de
recomendação para esse tipo de terapia.
Tratamentos
aliados à terapia de reposição de nicotina
Bupropiona Em
alguns casos, quando o paciente é muito dependente de nicotina, o médico pode
aliar as terapias de reposição de nicotina com o tratamento medicamentoso,
usando a bupropiona. O medicamento também reduz a vontade de fumar e pode ser
tomado por até três meses, mas só pode ser comprado com receita.
Quem pode
indicar a terapia de reposição de nicotina
Os
adesivos, pastilhas e chicletes de nicotina podem ser comprados na farmácia sem
receita. Mas o ideal é que qualquer tratamento envolvido na terapia de
reposição de nicotina seja orientado por um médico, para que ele possa aliar
outras estratégias e escolher o melhor método para o seu caso, de acordo com
seu histórico e grau de dependência. Fonte: minhavida
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