6 coisas que toda mulher precisa saber sobre os riscos da pílula
anticoncepcional
Há
décadas, a pílula anticoncepcional vem sendo amplamente utilizada por
mulheres do mundo todo. Atualmente, porém, muitos casos de problemas vêm sendo
divulgados na internet, como trombose venosa profunda (TVP), embolia pulmonar e
acidente vascular cerebral (AVC) e até morte, decorrentes do uso desse
medicamento, assustando as adeptas do método contraceptivo. E o cuidado precisa ser
redobrado mesmo. Entenda por que:
1. O risco de trombose é real
Os
especialistas afirmam que o risco de trombose existe e está inclusive presente na bula
do medicamento. No entanto, as chances de uma trombose podem ser maiores ou
menores dependendo do perfil da paciente, e é por isso que é absolutamente
essencial procurar um médico antes de iniciar a medicação.
A
ginecologista e mastologista Milca Chade destaca que a mulher que não fuma, não
tem obesidade e nem possui histórico familiar tem risco de 1 para 10 mil de ter
uma trombose. "Já quando ela está ligada a alguns desses fatores
associados, o risco aumenta", diz Milca.
"O
raciocínio não deve ser focado só na pílula anticoncepcional. Temos que avaliar
a dinâmica dos hormônios sintéticos e entender que eles aumentam a coagulação do sangue. Dessa forma, a mulher tem
uma chance maior de uma trombose em qualquer vaso do organismo", afirma o
ginecologista e obstetra Alberto d'Auria, do Hospital e Maternidade Santa
Joana.
2. Algumas mulheres correm mais risco que outras
Existem
diversas informações que o médico deve perguntar para a paciente antes de
receitar qualquer pílula anticoncepcional. "Ele deve saber se a mulher ou
alguém da família dela tem histórico de trombose, trombose hemorroidária
(hemorroida rompida ou comprimida, que deixa o sangue acumulado no ânus,
formando um coágulo), aborto de repetição, se ingere pouco líquido diariamente,
se tem tendência a varizes, se é uma paciente com quadros de enxaqueca crônica
ou se é fumante", conta d'Auria, com atenção especial aos dois últimos
itens, que podem aumentar as chances de trombose de forma significativa.
Milca
alerta ainda que os riscos também podem ser aumentados em pessoas comsobrepeso e obesidade ou até mesmo que realizam viagens
constantes de avião. "Esses casos possuem quatro vezes mais chances de
serem diagnosticados com trombose nas pernas, embolia pulmonar, infarto ou
AVC", conta a especialista.
3. A combinação cigarro + pílula é perigosa independente da composição
Os
anticoncepcionais são compostos, em geral, por dois hormônios sintéticos: oestrogênio e o progestogênio. Ambos podem ser
extremamente perigosos se combinados com o cigarro. De acordo com o Ministério
da Saúde, mulheres jovens, fumantes e que fazem uso de anticoncepcionais
hormonais apresentam risco dez vezes maior na ocorrência de infarto do
miocárdio, embolia pulmonar e tromboflebite, se comparadas com as que não
fumam.
O
ginecologista Jurandir Passos, do Delboni Medicina Diagnóstica, alerta que os
dois hormônios que compõem as pílulas oferecem esse tipo de risco, mas um é
mais perigoso do que o outro. "A progesterona apresenta
um risco menor, mas nunca é zero sempre que há a combinação com o tabagismo",
alerta Passos.
Por
isso, muitos médicos se recusam a indicar a pílula para pacientes fumantes de
tão perigosa que pode ser a combinação pílula + cigarro. "Não prescrevo a
pílula se a paciente for fumante. Ou para de fumar ou não toma o
anticoncepcional", enfatiza o ginecologista e obstetra Alberto d'Auria, do
Hospital e Maternidade Santa Joana.
4. Tomar a pílula por conta própria é um risco
Mesmo
com tantos riscos, muitas mulheres acabam comprando esse tipo de medicamento
sem nenhuma prescrição médica, apenas pela indicação de alguém. O problema,
porém, é que os riscos dessa ação podem ser muitos, além dos já mencionados
anteriormente. "A paciente pode desenvolver hipertensão arterial em pouco
espaço de tempo, depressão e até disfunção metabólica", ressalta d'Auria.
5. Alguns sinais indicam que a pílula não está fazendo bem
"Qualquer
sintoma deve ser investigado", de acordo com Alberto d'Auria. O
especialista alerta que o organismo reage quando um medicamento faz mal, então
nenhuma informação deve ser negligenciada. Milca ainda alerta para a
hemorragia, um efeito do uso indevido da pílula anticoncepcional. "A
mulher pode ter sangramentos, ficar anêmica e ter um quadro grave de problemas
de saúde. Também são caracterizados como efeito colateral a amenorreia
(ausência de menstruação), ganho de peso, redução do desejo sexual, entre
outros", comenta a ginecologista.
Se a
mulher não se adapta ao medicamento, não pode usar hormônios ou corre muitos
riscos, pode recorrer a outros métodos contraceptivos como DIU, diafragma ecamisinha.
6. A pílula é segura quando usada da forma correta
Há
mais de 50 anos a pílula vem sendo usada e, apesar dos riscos (que todo
medicamento traz), ela pode ser muito vantajosa se utilizada com boas
orientações médicas e de forma responsável. Por isso, é importante ressaltar a
importância de fazer um acompanhamento médico regular, assim como manter os
exames de rotina em dia. "Não deixe também de beber muita água e praticar
exercícios físicos, para diminuir ainda mais qualquer chance que exista de ter
complicações", conclui o ginecologista Alberto d'Auria. Tente: minhavida
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