quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Cegueira e perda de visão: tratamentos e causas

O que é Cegueira e perda de visão?
Cegueira nada mais é do que uma condição caracterizada pela perda da habilidade de enxergar, mesmo com a melhor correção (qualquer recurso óptico como óculos ou lente de contato). Existem vários meios de avaliar a extensão da perda visual ou cegueira.
A cegueira pode ser reversível ou irreversível. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que três quartos (75%) dos casos de cegueira no mundo são tratáveis ou preveníveis. Ir ao oftalmologista regularmente é uma das melhores formas de prevenir doenças que causam a cegueira.
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, estima-se que existam 37 milhões de cegos no mundo. E 82% das pessoas que vivem com a cegueira têm mais de 50 anos, de acordo com a OMS.
Tipos
Segundo OMS, o termo “visão baixa” é usado para definir pessoas com visão limitada no melhor olho com a melhor correção. É usado o termo “cegueira” quando a pessoa tem uma visão muito baixa no melhor olho com a melhor correção.
A cegueira pode ser transitória, quando ocorre a perda da visão apenas por um intervalo indefinido de tempo, ou definitiva, quando a condição se torna permanente e irreversível.
Causas
As principais causas da cegueira reversíveis são:
As principais causas da cegueira irreversíveis são:
  • Glaucoma avançado
  • DMRI (Degeneração Macular Relacionada à Idade)
  • Retinopatia diabética avançada
  • Deficiência de vitamina A (principalmente em crianças)
  • Neurite óptica, uma inflamação no nervo óptico, que leva as informações da retina para o cérebro
  • Ambliopia (popularmente conhecido como “olho preguiçoso”).
Derrame cerebral (AVC), retinite pigmentosa e tumores são outras causas menos comuns da cegueira.
Fatores de risco
Existem alguns fatores de risco para cegueira ou perda de visão:
  • Idade
  • Pessoas com graus altos de miopia
  • Nascimento prematuro
  • Trauma
  • Cirurgias oculares ou neurológicas
  • Pessoas que trabalham com produtos químicos
  • Pessoas com diabetes.
Buscando ajuda médica
Qualquer perda ou redução da visão justifica a ida imediata a uma emergência ou ao seu oftalmologista de confiança.
Na consulta médica
Especialistas que podem diagnosticar a cegueira são:
  • Clínico geral
  • Oftalmologista
Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:
  • Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
  • Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade
  • Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar.
O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
  • Sua perda de visão foi repentina ou gradual?
  • Você sentiu outros sintomas?
Também é importante levar suas dúvidas para a consulta por escrito, começando pela mais importante. Isso garante que você conseguirá respostas para todas as perguntas relevantes antes da consulta acabar. Para cegueira, algumas perguntas básicas incluem:
  • Meu quadro de cegueira é reversível? Se sim, em quanto tempo?
  • Quais tratamentos são recomendados para meu problema?
  • De que forma posso conviver melhor com a ausência ou redução da minha visão?
  • Existem grupos de apoio para me ajudar a lidar melhor com a cegueira?
Não hesite em fazer outras perguntas, caso elas ocorram no momento da consulta.
Diagnóstico de Cegueira e perda de visão
Em todos os casos, o oftalmologista realizará testes de acuidade visual, biomicroscopia, exame de fundo de olho, medida de pressão intraocular e em alguns casos, exame de campo visual para avaliar visão periférica.
O exame oftalmologico consiste em avaliar qual a melhor visão de ambos os olhos com a melhor correção óptica. E caso a melhor visão de ambos os olhos não chegue a ter 100%, o oftalmologista realizará analise de cada estrutura ocular para investigar qual doença justifica a baixa de visão de cada paciente.
Medicamentos para Cegueira e perda de visão
A cegueira ou perda de visão podem ter diversas causas, de modo que o tratamento varia de acordo com o diagnóstico estabelecido pelo médico. Por isso, somente um especialista capacitado pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Os medicamentos mais comuns no tratamento de cegueira ou perda de visão são:

Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula. Fonte: minhavida 
Dor de ouvido: tratamentos e causas
       O que é Dor de ouvido?
Dor de ouvido é mais comum em crianças do que em adultos. A dor de ouvido pode ser constante ou pode ir e vir. Ele pode surgir como uma sensação de queimação, uma dor afiada ou maçante. A dor de ouvido pode afetar ambas as orelhas de uma vez ou apenas um ouvido.

Causas

Assim como a manifestação da dor de dor de ouvido afeta as pessoas de maneiras diferentes, há uma variedade de causas para o sintoma. Alguns deles afetam a própria orelha, outros são de condições que afetam áreas próximas aos ouvidos.
As razões mais comuns para a dor de ouvido incluem:
  • Algum fluído que se instalou dentro do canal auditivo, como água ou cosméticos
  • Infecção do canal auditivo fora do tímpano (otite externa)
  • Um furúnculo ou folículo piloso infectado no canal auditivo
  • Artrite da mandíbula
  • Barotrauma, causada por variações de pressão
  • Eczema no canal do ouvido (dermatite seborreica)
  • Lesão no canal auditivo a partir de objetos, como cotonetes ou objetos pontiagudos
  • Bloqueios na orelha causado por placas de cera ou objetos empurrados pelo canal auditivo
  • Infecções de garganta (incluindo amigdalite) e resfriados
  • Alergias no trato respiratório, ou infecções como rinossinusite
  • Dor ocasionada por problemas na mandíbula como a disfunção da articulação temporomandibular
  • Abscesso dental na boca ou outras causas de dor de dente, tais como nascimento dos dentes do siso (terceiro molar)
  • A neuralgia do trigêmeo (dor decorrente de alterações no nervo trigêmeo)
  • Dor por problemas como inflamação do nervo facial.
Buscando ajuda médica
Procure um médico urgente se o seu filho desenvolve uma rigidez do pescoço, parece muito cansado ou irritado. Outros sinais de alerta incluem:
  • Vertigem
  • Dor de cabeça muito forte
  • Inchaço ao redor do ouvido
  • Fraqueza nos músculos faciais
  • Dor muito forte que para de repente pode ser um sinal de tímpano rompido.
Além da dor, outras pistas podem indicar que uma criança ou bebê está com dor de ouvido:
  • Bebês que aparentam mais irritados que o normal
  • Crianças que puxam ou esfregam o ouvido
  • Febre
  • Perda de apetite
  • Problemas para iniciar o sono ou dormir a noite inteira
  • Tosse e nariz entupido
  • Audição prejudicada
  • Problemas de equilíbrio.
Se os sintomas (dor, febre ou irritabilidade) piorarem ou não apresentarem melhoras em um período de 24 a 48 horas, procure um médico.
Na consulta médica
Especialistas que podem diagnosticar uma dor de ouvido são:
  • Clínico geral
  • Otorrinolaringologista
  • Pediatra.
Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:
  • Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
  • Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade.
O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
  • Quais são os sinais ou sintomas que você tem observado?
  • Quando os sintomas começam?
  • Existe dor de ouvido? Como você descreveria a dor: leve, moderada ou grave?
  • Você já observou possíveis sinais de dor em seu bebê ou criança pequena, como puxões de orelha, dificuldade em dormir ou irritabilidade incomum?
  • O seu filho teve febre?
  • Houve algum corrimento na orelha? É o corrimento claro, turvo ou com sangue?
  • Você já observou alguma deficiência auditiva? O seu filho responde aos sons? Ele pergunta "O quê?" com frequência?
  • O seu filho recentemente teve um resfriado, gripe ou outros sintomas respiratórios?
  • O seu filho tem alergias sazonais?
  • O seu filho teve uma infecção no ouvido no passado? Quando?
  • É o seu filho alérgico a algum medicamento, como a penicilina?
Diagnóstico de Dor de ouvido
O médico vai analisar o ouvido usando um instrumento chamado otoscópio. Um tímpano saudável é de coloração perolácea (cor de pérola). Se uma infecção no ouvido está presente o tímpano pode estar inflamado, inchado ou vermelho.
Se houver qualquer dúvida sobre o diagnóstico, podem ser necessários mais testes, dependendo do que o médico vê:
  • Timpanometria
  • Reflectometria de pulso acústico
  • Timpanocentese.
Se há sinal de infecções de ouvido persistentes ou acúmulo de líquido persistente no ouvido médio, o médico pode encaminhá-lo para um especialista em audição (fonoaudiólogo) ou terapeuta de desenvolvimento para testes de audição, habilidades de fala, compreensão da linguagem ou habilidades de desenvolvimento.
Medicamentos para Dor de ouvido
Uma dor de ouvido pode ter diversas causas, de modo que o tratamento varia de acordo com o diagnóstico estabelecido pelo médico. Por isso, somente um especialista capacitado pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Os medicamentos mais comuns para aliviar uma dor de ouvido são:

Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula. Fonte: minhavida 

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Perda de memória: tratamentos e causas

O que é Perda de memória?
Todo mundo sofre com episódios de esquecimento – esses não são motivo para preocupação e tendem a aumentar com a idade. Contudo, há uma diferença entre perda de memória leve devido ao envelhecimento normal e a perda de memória progressiva ou extrema, devido a doenças tais como Alzheimer.
A perda de memória pode começar repentinamente ou aproximar-se lentamente. Ela pode afetar a sua capacidade de se lembrar de eventos recentes, eventos no passado ou ambos. Você pode esquecer um único evento do passado/presente ou muitos deles. Você pode ter dificuldade em aprender coisas novas ou fazer novas memórias. A perda de memória pode ser permanente ou temporária.
Marque uma consulta médica se a perda de memória está começando a afetar suas atividades diárias ou se for acompanhada de outros sintomas. Muitas causas de perda de memória são tratáveis quando diagnosticadas precocemente. Se não for diagnosticada e tratada, algumas doenças vão progredir e tornar o tratamento mais difícil.
A cada dia que passa muitos dos nossos neurônios morrem. Portanto, existe um processo de involução "natural" de nossa massa encefálica. Entretanto, cada neurônio que antes fazia 10 mil conexões, aos 50 ou 60 anos faz 100 mil conexões. Por isso, essa faixa etária pode dizer que atingiu seu ápice de funcionamento cognitivo. Logo, o conceito trata de "qualidade" das conexões nervosas e não "quantidade".
Outro ponto importante nesta discussão diz respeito ao fato de algumas pessoas apresentarem uma "perda mais rápida" de seus neurônios com a idade. Algumas vezes, isso pode significar o início de um processo neurodegenerativo fora do normal, que pode aumentar o risco para doenças como Alzheimer.

Causas

Medicamentos

Uma série de medicamentos pode interferir ou causar perda de memória. Possíveis culpados incluem:
  • Antidepressivos
  • Anti-histamínicos
  • Ansiolíticos
  • Relaxantes musculares
  • Tranquilizantes
  • Soníferos
  • Medicamentos para a dor prescritos após cirurgias.

Tabaco, álcool e drogas

O uso excessivo de álcool tem sido reconhecido como uma das causas de perda de memória. Além disso, fumar reduz a quantidade de oxigênio que chega ao cérebro. Estudos têm mostrado que pessoas que fumam têm mais dificuldade para associar rostos a nomes que os não-fumantes. O tabaco também favorece um processo de degeneração das células, que podem incluir àquelas do sistema nervoso.
Já as drogas recreativas ilícitas, como cocaína ou heroína, podem alterar quimicamente o cérebro, aumentando o risco de perna neurológica e, consequentemente, falhas na 

Privação do sono

Tanto a quantidade e a qualidade do sono são importantes para a memória. Dormir muito pouco ou acordar com frequência durante a noite pode levar à fadiga, o que interfere com a capacidade de consolidar e recuperar informações.

Depressão e estresse

A depressão pode dificultar a atenção e a concentração, o que pode afetar a memória. Estresse e ansiedade também podem ficar no caminho da concentração. Quando você está tenso e sua mente está superestimulada ou distraído, sua capacidade de lembrar pode sofrer. O estresse causado por um trauma emocional também pode levar a perda de memória.

Deficiência nutricional

Uma boa nutrição é importante para bom funcionamento do cérebro. As deficiências em vitamina B1 e B12 especificamente são mais responsáveis por afetar memória, uma vez que esses nutrientes atuam na composição dos neurônios.

Lesão na cabeça

Uma grave batida na cabeça – decorrente de um acidente de carro, por exemplo -pode prejudicar o cérebro e causar perda de memória de curto ou longo prazo. Nesse caso, a memória pode melhorar gradualmente ao longo do tempo.

AVC

Um acidente vascular cerebral ocorre quando o fornecimento de sangue ao cérebro é interrompido, devido ao bloqueio de um vaso sanguíneo para o cérebro ou o vazamento de um recipiente para o cérebro. O AVC muitas vezes causa perda de memória de curto prazo. Uma pessoa que tenha sofrido um acidente vascular cerebral pode ter memórias vívidas de eventos da infância, mas ser incapaz de recordar o que comeu no almoço.

Demência

A demência é o nome para uma perda progressiva da memória e outros aspectos do pensamento que são suficientemente graves para interferir nas funções diárias. Apesar de existirem muitas causas de demência - incluindo a doença dos vasos sanguíneos, o abuso de drogas ou álcool, ou outras causas de danos ao cérebro - o mais comum e familiar é a doença de Alzheimer. A doença de Alzheimer é caracterizada por uma perda progressiva de células cerebrais e de outras irregularidades do cérebro.

Outras causas

Outras possíveis causas de perda de memória incluem uma hipoatividade ou hiperatividade da tireoide e infecções como HIV, tuberculose e sífilis que afetam o cérebro.

Buscando ajuda médica

Se você achar que a perda de memória está piorando ou o sintoma está interferindo com suas atividades diárias, agende uma consulta médica para determinar a causa e o melhor tratamento.

Na consulta médica

Especialistas que podem diagnosticar as causas de perda de memória são:
  • Neurologista
  • Geriatra.
Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:
  • Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
  • Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade
  • Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar.
O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
  • Quando a perda de memória começou? Quando você percebeu que ela se acentuou?
  • Você esquece os eventos recentes ou aqueles do passado?
  • É muito difícil para você prestar atenção em mais de uma atividade ao mesmo tempo?
  • Quais outros sintomas você experimentou recentemente?
  • Como é a sua rotina de sono?
  • Você passou por algum evento estressante nos últimos meses?
  • Você sofreu alguma lesão na cabeça recentemente?
  • Você faz uso de tabaco, álcool ou drogas recreativas?
  • Quais medicamentos e suplementos você toma?
O médico ou médica também fará um exame físico e fará perguntas para testar a capacidade mental. Dependendo dos resultados, uma avaliação mais aprofundada pode incluir exames de sangue e urina, testes de nervos e exames de imagem do cérebro, como a tomografia axial computadorizada (TAC) ou uma ressonância magnética (MRI).

Cuidados

O tratamento para a perda de memória depende da causa. Em muitos casos, pode ser reversível com o tratamento. Por exemplo, a perda de memória por medicamentos pode ser resolvida com uma mudança na medicação. Os suplementos nutricionais podem ser úteis contra a perda de memória causada por uma deficiência nutricional. E o tratamento da depressão pode ser útil para a memória quando a depressão é um fator. Em alguns casos - como na sequência de um AVC - a terapia pode ajudar as pessoas a se lembrar de como fazer determinadas tarefas, como caminhar ou amarrar os sapatos. Em outros, a memória pode melhorar ao longo do tempo.
Os tratamentos podem também ser específicos para as condições relacionadas com a perda de memória. Por exemplo, existem medicamentos para tratar problemas de memória relacionados com a doença de Alzheimer e medicamentos para baixar a pressão arterial podem reduzir o risco de mais danos ao cérebro causados por demência relacionada com a pressão arterial elevada.
Medicamentos para Perda de memória
A perda de memória pode ter diversas causas, de modo que o tratamento varia de acordo com o diagnóstico estabelecido pelo médico. Por isso, somente um especialista capacitado pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Os medicamentos mais comuns no tratamento de perda de memória são:
Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula. Fonte: minhavida


Como lidar com a cólica menstrual

cólica menstrual é uma das principais queixas que as mulheres apresentam aos seus ginecologistas. A dor típica da cólica tem início, geralmente, poucas horas antes ou logo após o começo do período menstrual e localiza-se frequentemente no baixo-ventre (abaixo do umbigo e acima do púbis) que se torna, inclusive, sensível à palpação do abdome. Também chamada de dismenorreia, ela pode ser classificada como primária, quando não há uma causa própria do organismo que a justifique, ou secundária, quando é causada por alguma doença.

dismenorreia pode ocorrer em graus variados, de acordo com a intensidade de dor e necessidade de uso de medicamentos. É classificada como leve, quando não requer o uso de medicamentos para controlá-la; moderada, quando requer uso de medicamentos, que aliviam a dor e resolvem o problema; severa, quando requer uso de medicamentos, mas não melhora após o uso deles e; incapacitante, quando inviabiliza as atividades diárias, muitas vezes fazendo com que a mulher tenha que procurar um hospital para tratamento mais intenso.
Dismenorreia primária
A dismenorreia primária é denominada cólica fisiológica, ou seja, aquela mais comum, própria do organismo. Ocorre preferencialmente em mulheres jovens e costuma aparecer um a dois anos após a primeira menstruação.

Na menstruação, o endométrio, camada interna do útero, se descama. Durante este processo, o útero (que é um músculo), se contrai ativamente a fim de evitar ciclos com hemorragia, graças à produção de uma substância chamada prostaglandina, que também é responsável pela ocorrência da dor. Por isso, a dismenorreia primária é uma condição normal do ciclo menstrual de algumas mulheres.

Além da dor, podem ocorrer outros sintomas e manifestações associadas, como náuseas, vômitos, diarreia, dor nas costas com irradiação para as pernas, cansaço, nervosismo, tontura, dor de cabeça e, eventualmente, até desmaio.
Há várias formas de se tratar a cólica menstrual a fim de melhorar a qualidade de vida das mulheres nesse período. O tratamento da dismenorreia primária é realizado com uso deantiinflamatórios não-esteroides, que agem bloqueando a produção de prostaglandinas. Seu uso não deve ser prolongado, por causa dos efeitos adversos do medicamento no estômago, intestino e rins. Devem ser ingeridos logo no primeiro dia da menstruação ou diante da presença de dor. Durante o tratamento, também podem ser utilizados medicamentos anti-espasmódicos, que diminuem as contrações uterinas. 

Medidas auxiliares como uso de bebidas quentes, compressas de água quente no local, e a prática de exercícios físicos aeróbicos, auxiliam muito no alívio da dor. Outra forma de controlar a dismenorreia primária é a utilização de anticoncepcionais hormonais, mas sempre sob orientação médica.

Dismenorreia Secundária

Já a dismenorreia secundária é a cólica menstrual que ocorre em decorrência de alguma doença. Diferentemente da dismenorreia primária, ela não aparece logo após o início da menstruação, mas geralmente alguns anos após a primeira menstruação. 

Quando a mulher começa a apresentar cólica menstrual com estas características, é preciso investigar minuciosamente a presença de doenças ginecológicas ou não-ginecológicas, que possam estar causando esta dor. 

Dentre as causas ginecológicas mais comuns de dismenorreia secundária estão: endometriose, cistos de ovário, afecções no útero, como miomas (tumor benigno do útero), pólipos uterinos ou adenomiose, hímen imperfurado, com dificuldade de saída do fluxo menstrual, uso de DIU (dispositivo intra-uterino) sem hormônio, malformações uterinas congênitas, moléstia inflamatória pélvica e varizes pélvicas.
Há ainda outras causas que podem levar a este problema e, por isso, é importante o aconselhamento de um ginecologista para identificar a causa do problema para que seja tratado de forma adequada e eficaz. 

Em casos de dismenorreia secundária, o tratamento é feito de acordo com a doença de base que está causando o sintoma, pois, podem ser utilizados antiinflamatórios e anti-espasmódicos, que aliviam os sintomas, mas não tratam a doença. Assim, é importante que se identifique exatamente a causa da cólica para que seja realizado um tratamento eficaz e curativo.                  Fonte: minhavida 

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Distonia: tratamentos e causas   

O que é Distonia?

Sinônimos: coreoatetose. movimentos das pernas e braços - incontroláveis, movimentos involuntários lentos dos grupos dos grandes músculos
Distonia é um tipo de movimento involuntário que pode ocorrer em qualquer região do corpo de maneira localizada (focal) ou mesmo generalizada e se caracteriza por uma contração de músculos agonistas (favoráveis ao movimento) e antagonistas (desfavoráveis ao movimento) simultaneamente. Em geral, esta contração involuntária em desarmônica dos músculos provoca postura anormais do segmento do corpo envolvido (cabeça, mão, tronco ou pé) e está frequentemente associado a dor.

Tipos

Uma das maneiras de se classificar uma distonia diz respeito ao segmento no corpo onde ela ocorre. Assim, existem as distonias focais que acometem um único segmento, por exemplo, a mão, o pescoço ou o pé.
Já as distonias segmentares comprometem dois segmentos corporais contíguos, por exemplo, mão e antebraço ou cabeça e pescoço. Em seguida, existem as distonias multifocais que comprometem dois segmentos não contíguos como pescoço e mão. Finalmente, a distonia generalizada atinge os membros inferiores e mais um segmento corporal.
Enquanto as distonias focais são mais comuns no adulto, por exemplo, a distonia cervical e a câimbra do escrivão, as distonias generalizadas são mais comuns na criança e adolescente. Por sua vez, neste grupo, as distonias são frequentemente de natureza genética (relacionadas a mutações de genes conhecidos como gene DYT1). No adulto, as distonias focais são em sua grande maioria esporádicas (sem causa genética).

Causas

As causas mais comuns de distonias são as causas genéticas, em crianças e adolescentes, enquanto nos adultos normalmente ela é esporádica (e focal). O gene que está mais frequentemente relacionado às causas genéticas é o DYT1, mas existem outros como DYT4, DYT5, DYT6 que também são causas conhecidas de distonias ou distonias-plus (aquelas onde ocorre a distonia mais outra manifestação neurológica, por exemplo, parkinsonismo, como na distonia associada à mutação no gene DYT5.
Cabe lembrar que as distonias também podem ser adquiridas, no contexto, por exemplo de doenças cerebrovasculares, ou podem ser de origem metabólica, por exemplo, na doença de Wilson, em que o metabolismo do cobre está alterado e a impregnação deste elemento no cérebro pode provocar distonia (ou parkinsonismo).
Causas menos comuns seriam aquelas relacionadas a outras doenças genéticas nas quais a distonia é apenas um dentre os múltiplos outros sinais e sintomas encontrados. Por exemplo, diversas doenças neurodegenerativas raras podem cursas com distonia: ataxias espinocerebelares, neurodegeneração por acúmulo de ferro cerebral e parkinsonismos atípicos.

Fatores de risco

O principal fator de risco para distonia está presente nas formas hereditárias, nas quais o gene com mutação poderá ser transmitido para outras gerações. Isto é particularmente importante nas formas autossômicas dominantes e em casamentos consanguíneos. Os portadores da mutação terão maior chance de manifestar distonia que indivíduos sem o gene com mutação. A chance dependerá de diversos fatores como tipo de herança e penetrância do gene.

Sintomas de Distonia

Os sintomas mais comuns de uma distonia são:
  • Aumento do tônus muscular (hipertonia) que se manifesta por segmentos do corpo acometidos mais endurecidos e aumentados
  • Dor
  • Posturas anormais, por exemplo, com o pescoço desviado.
Sintomas menos comuns como tremor também podem ocorrer em alguns tipos de distonia, em particular, na distonia cervical, a forma mais comum de distonia do adulto.

Buscando ajuda médica

Sempre que uma pessoa tiver um familiar com o diagnóstico de distonia, especialmente se isto começou a se manifestar na infância, se houver contraturas musculares sem explicação e mantidas de uma parte do corpo, dor localizada no local da contratura e posturas anormais este indivíduo deverá buscar auxílio médico.
Existem formas de distonia, no entanto, que não se manifestam ao repouso. A câimbra do escrivão, por exemplo, só é percebida durante a escrita, quando o indivíduo desenvolve uma postura anormal da mão que está escrevendo, associado a um comprometimento da letra escrita. Isto também sugere uma pista para o diagnóstico e auxílio médico deverá ser procurado.

Diagnóstico de Distonia

A distonia pode ter inúmeras causas. O diagnóstico depende do tripé: história, exame físico e exames complementares. Nesta situação, mais do que nunca, uma anamnese bem colhida com informações sobre instalação da doença, local de acometimento, duração, história familiar, medicações em uso, etc serão essenciais. O exame físico geral, mas sobretudo um bom exame neurológico ajudarão no raciocínio diagnóstico e na escolha dos exames complementares, que poderão ir de simples exames de sangue a exames mais complexos de neuroimagem ou testes genéticos, nem sempre disponíveis comercialmente.
O acompanhamento será clínico e monitorado com exames complementares, conforme a causa da distonia.

Tratamento de Distonia

  • Para as distonias focais o tratamento de escolha, no Brasil e no mundo, é a toxina botulínica tipo A, injetada nos músculosalvo por profissional treinado, normalmente um neurologista ou fisiatra
  • Crianças ou adolescentes com distonias generalizadas ou presente nos membros inferiores recebem levodopa para que possamos afastar uma condição conhecida por distonia dopa-responsiva, de causa genética e que responde de maneira espetacular a doses baixas de levodopa. Entretanto, esta doença é rara e a maioria dos testes com levodopa resulta negativa
  • Relaxantes musculares, benzodiazepínicos e anticolinérgicos podem ser utilizados tanto em formas generalizadas como naquelas focais. Obviamente, se existe um substrato conhecido para a distonia, por exemplo, um acidente vascular cerebral ou um defeito metabólico qualquer, deve-se, além de tratar a distonia, corrigir/tratar o problema de base
  • Finalmente, existem cirurgias disponíveis para distonia, sendo a estimulação cerebral profunda a técnica mais utilizada atualmente. Neste caso, são introduzidos eletrodos (1 ou 2) no cérebro do indivíduo, por onde passarão corrente elétrica (indolor e imperceptível) proveniente de um gerador de corrente (neuroestimulador) situado debaixo da pele (tórax ou abdome)
  • Órteses e próteses também poderão ser utilizadas dependendo do caso e normalmente com auxílio de um fisiatra
  • Via de regra o tratamento é multidisciplicar e envolve, ainda, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicólogos, etc.

Convivendo/ Prognóstico

O prognóstico da distonia depende essencialmente da causa, podendo evoluir com diversas complicações ou não. O objetivo do tratamento será sempre minimizar o impacto da doença e maximizar a qualidade de vida do paciente.

Complicações possíveis

A distonia não tratada prejudica muito as atividades do dia a dia do paciente seja em casa ou em seu ambiente de trabalho com repercussão física, como dor, e impactos psicológicos (depressão, ansiedade, fobia social).

Expectativas

A maioria das distonias não têm cura, uma vez que estão no contexto de doenças neurodegenerativas. Entretanto, o tratamento pode ser altamente eficaz, seja nas formas focais tratadas com toxina botulínica, seja nas formas que respondem a levodopa, ou ainda, nas formas generalizadas que respondem à cirurgia de estimulação cerebral profunda.

Prevenção


Ainda não é possível prevenir a distonia. Entretanto, se um indivíduo está dentro de uma família com portadores de distonia, um aconselhamento genético poderá ser bastante útil para se conhecer melhor as chances de portar o gene ou de se transmiti-lo. Fonte: minhavida